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Com Trump, Brasil deve crescer menos em 2017

A incerteza por possíveis mudanças na política comercial e migratória dos Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump, fará com que a América Latina e o Caribe tenham em 2017 uma recuperação econômica mais fraca que o previsto. O Brasil também vai crescer menos do que o esperado.

O Brasil deverá crescer neste ano 0,2%, disse o FMI, contra uma expectativa de 0,5%, de outubro passado.
O Brasil deverá crescer neste ano 0,2%, disse o FMI, contra uma expectativa de 0,5%, de outubro passado. REUTERS/Paulo Whitaker
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O Fundo Monetário (FMI) declarou nesta segunda-feira (23) que as incertezas das políticas do novo presidente americano, Donald Trump, podem impactar na economia da América Latina e Caribe, que deverá registrar uma recuperação de 1,2%.

De acordo com a instituição, um eventual estímulo por uma maior demanda do mercado interno americano seria contrabalançado por um aumento generalizado das taxas de juros e pela "incerteza em torno de possíveis mudanças na política comercial e migratória dos Estados Unidos".

Em sua última edição do Panorama Econômico Mundial, de outubro passado, o FMI havia estimado que a região cresceria 1,6% em 2017. Há uma semana os números foram revisados, e a expectativa caiu 0,4 ponto. Em sintonia com este quadro, o Fundo revisou em baixa suas perspectivas de desempenho econômico das principais economias da região.

Brasil vai crescer menos do que o previsto em 2017

No Brasil, que também deve sofrer com as políticas comerciais de Trump, a economia continuou a retrair no terceiro trimestre de 2016, diz o FMI, que voltou a rebaixar a projeção de crescimento para o país e espera expansão de apenas 0,2%. Na previsão anterior, feita em outubro, a expectativa era de que o PIB (Produto Interno Bruto) fosse avançar 0,5% em 2017.

O estudo explica que o elevado índice de desemprego e as dificuldades do setor privado continuam a frear a expansão e, para estimular o crescimento, o governo de Michel Temer anunciou medidas para ajudar as empresas endividadas, além de reformas para reduzir a burocracia e os gastos.

Para 2018, o Fundo manteve a previsão de crescimento do PIB em 1,5%. Em 2017, a expansão do Brasil será a menor entre os principais países do mundo, e ainda vai ficar bem abaixo da média de crescimento da economia mundial (3,4%), dos emergentes (4,5%) e da América Latina (1,2%). Em 2018, o Brasil deve seguir com desempenho abaixo da média destes três grupos.

Países vizinhos

O maior corte de expectativa entre os principais atores da região foi verificado no México, onde o FMI prevê para 2017 um crescimento de apenas 1,7%, sendo que em outubro esta expectativa havia sido de 2,3%. No caso da Argentina, o FMI projeta um crescimento neste ano da ordem de 2,2%, de forma que revisou sua previsão em meio ponto, já que em outubro havia estimado que seria de 2,7%.

Da lista de previsões divulgada nesta segunda-feira, somente Chile e Peru tiveram um aumento marginal de suas previsões de crescimento. As projeções mostram que o Chile fechará 2017 com crescimento do PIB de 2,1% (+0,1 ponto), e o Peru com 4,3% (+0,2 ponto). A Venezuela, por sua vez, deve continuar em retrocesso: as projeções, nada otimistas, apontam uma queda do PIB da ordem de 6%, contra -4,5% em outubro.

(informações da AFP)

 

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