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Inteligência americana acusa governo russo de autorizar ciberataque

Autoridades do governo da Rússia autorizaram a interferência nas últimas eleições dos Estados Unidos, afirmaram nesta quinta-feira (5) diretores dos serviços de Inteligência americanos em depoimento ao Senado.

James Clapper, subsecretário de Defesa para Assuntos de Inteligência, depõe no Senado
James Clapper, subsecretário de Defesa para Assuntos de Inteligência, depõe no Senado Reuters
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"Chegamos à conclusão de que apenas os mais altos líderes russos poderiam autorizar o recente roubo e divulgação de dados relacionados com as eleições",  escreveram, em um documento entregue ao Senado, o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, o subsecretário de Defesa para Assuntos de Inteligência, Marcel Lettre, e o chefe do Comando de Segurança Cibernética, almirante Michael Rogers.

Os três depuseram nesta quinta-feira para o Comitê de Ciberpirataria do Senado, o Comitê Nacional Democrata e o chefe de campanha de Hillary Clinton, John Podesta.

Em seu depoimento, Clapper apontou que a Rússia "não alterou a contagem de votos" e disse que "não há nenhuma maneira de medir o impacto da divulgação dos e-mails da campanha democrata sobre as decisões do eleitores".

"Ato de guerra"

Perguntado se a ação poderia ser considerada um "ato de guerra", como a qualificou na quarta-feira (4) o senador republicano John McCain, Clapper disse que trata-se de "um termo pesado". Mas acrescentou que é um caso "muito grave". Segundo ele, foi uma "campanha multifacetada, na qual a ciberpirataria foi apenas uma parte, uma vez que também incluiu propaganda clássica, desinformação e notícias falsas".

A declaração dos três chefes também aponta que a China mantém seus ciberataques contra "o governo dos Estados Unidos, seus aliados e contra empresas americanas", embora sua frequência tenha diminuído.

As relações entre Washington e Pequim tornaram-se extremamente tensas em 2014 na sequência de queixas de ciberataques chineses. Em setembro de 2015, os presidentes Barack Obama e Xi Jinping anunciaram um acordo de cooperação para combatê-los.

Trump elogia os serviços de Inteligência

Uma hora antes da sessão no Senado, o presidente eleito Donald Trump afirmou no Twitter que é "um grande fã" dos serviços de Inteligência americanos. "A mídia quer que as pessoas acreditem que sou contra eles."

Trump colocou várias vezes em dúvida as acusações contra o governo russo. Na quarta-feira (4), ele deu crédito ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que disse que não foram os russos que haviam transmitido as informações sobre a campanha democrata para o seu site.

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