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Haiti/Furacão

Furacão Matthew provoca nova catástrofe humanitária no Haiti

Enquanto Matthew avançava nos Estados Unidos, o Haiti tentava se recuperar de mais uma catástrofe humanitária provocada pela passagem do furação. As inundações destruíram plantações e o risco de doenças é cada vez maior. Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (7), mais de 800 mortos já foram registrados no país, que é um dos mais pobres das Américas. 

Milhares de casas foram destruídas pela água e inundações aumentam o risco de epidemias no Haiti.
Milhares de casas foram destruídas pela água e inundações aumentam o risco de epidemias no Haiti. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Com informações de Stefanie Schüler, enviada especial ao Haiti

O balanço divulgado pelas equipes da Proteção Civil fala de 842 mortos até agora. No entanto, várias regiões continuam inacessíveis, o que pode aumentar o número de vítimas fatais.

Enquanto as famílias se preparam para enterrar seus próximos, os centros de saúde continuam a acolher os feridos. “Recebemos pacientes vindos de todos os lados da ilha. Tentamos atendê-los como podemos”, conta o médico Jean Wendy Odigé, no hospital Port-Salut.

Mas além de salvar os feridos, os médicos, assim como boa parte da população, já se preocupam com o risco de epidemias por causa das inundações. “É possível que tenhamos casos de cólera, malária, zika e chikungunya”, alerta o médico. “As pessoas estão desabrigadas, então é muito difícil protêge-las.”

Estâncias balneárias praticamente desapareceram

Vários vilarejos, como Roche à Bateau, no sul da ilha, mais parecem um campo de batalha, com árvores e postes elétricos derrubados. O local, que tradicionalmente atrai muitos turistas em busca de suas praias de águas turquesa, está praticamente irreconhecível.

Alguns prédios, como o Source Hôtel, foram devastados. “A estrada que separava a recepção dos quartos desapareceu”, constata Richard Beauséjour, dono do estabelecimento. “As ondas tinham mais de cinco metros de altura”, relata.

A água também levou várias casas na região. “Não consegui salvar nada. Só tive o tempo de me esconder com meus filhos sob as árvores que estavam caindo”, conta uma moradora. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tiveram que deixar suas residências.

Do lado da agricultura, os estragos da passagem do furacão já começam a ser contabilizados. Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA na sigla em inglês), em alguns lugares até 80 das plantações foram destruídas.

Comunidade internacional se mobiliza

A França anunciou nesta sexta-feira a mobilização de “todos os meios disponíveis” para ajudar o Haiti, país que ainda não havia se recuperado do terremoto que deixou 200 mil mortos em 2010. Os Estados Unidos também enviaram um navio militar com 300 soldados para participar das operações de ajuda.

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