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EUA/Suprema Corte

Morte de juiz da Suprema Corte abre batalha política nos EUA

A morte de juiz conservador, Antonin Scalia, da Suprema Corte dos EUA abre batalha política no país. Ele morreu no Texas, seu estado natal, neste sábado (12), aos 79 anos, enquanto dormia, provavelmente de causas naturais. O processo para nomear e confirmar seu substituto será complicado, já que sua morte acontece no último ano do mandato do democrata Obama que enfrenta um Congresso altamente dividido e de maioria republicana.

Foto de Antonin Scalia, juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos, em  2010,
Foto de Antonin Scalia, juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos, em 2010, REUTERS/Larry Downing/Files
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O presidente americano, Barack Obama, manifestou suas "mais profundas condolências" pela morte de Scalia, “um homem notável, um jurista brilhante que dedicou sua vida à nossa democracia, ao Estado de direito.”

Nomeado em 1986 pelo presidente republicano Ronald Reagan, Antonin Scalia era o mais conservador dos 9 juízes da Suprema Corte, contrário ao aborto, ao casamento gay, ao programa de cotas, às leis pelo desarmamento e a favor da pena de morte. Católico fervoroso, ele tinha 9 filhos e foi o primeiro juiz de origem italiana a integrar a mais alta instância judiciária americana. Sua morte teve um impacto imediato na campanha presidencial americana.

O partido republicano quer que o sucessor de Scalia seja nomeado após as eleições presidenciais de 8 de novembro. Mas Obama informa que vai propor um substituto antes de deixar a Casa Branca. Essa é a oportunidade para o presidente escolher um juiz mais progressista e garantir uma maioria democrata à Suprema Corte por muitos anos. Os juízes são vitalícios. Com a morte de Scalia, a casa é composta por 4 republicanos e 4 democratas.

O senado, dominado pelos republicanos, pode vetar a escolha do presidente, e provocar atrasos nos julgamentos da Suprema Corte que deve tomar decisões importantes até meados do ano, como sobre a imigração, por falta de maioria.

Nono debate republicano marcado por trocas de acusações

Os pré-candidatos republicanos a corrida presidencial americana prestaram uma homenagem ao juiz Scalia, durante debate ocorrido na noite de ontem na Carolina do Sul. Mas este foi o único momento sereno do nono confronto televisivo entre os seis pretendentes ainda na disputa republicana.

O debate na Carolina do Sul, onde ocorre a próxima etapa das primárias americanas no dia 20 de fevereiro, foi marcado por troca de acusações, principalmente entre o favorito Donald Trump e Jeb Bush, sobre a guerra no Iraque. Trump, que tenta neutralizar o apoio do popular George W.Bush ao irmão, disse que a decisão de invadir o Iraque em 2003 “foi um erro”. Jeb defendeu a família, dizendo que Trump teve a coragem de criticar a sua mãe, Barbara Bush, de 90 anos.
 

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