As pessoas não morrem de zika, diz Obama
O presidente Barack Obama vai pedir ao Congresso norte-americano mais de US$ 1,8 bilhão (mais de R$ 7 bilhões) para a criação de um fundo de emergência de combate ao vírus zika. O chefe da Casa Branca alertou novamente para os riscos da epidemia, mas pede que a população evite entrar em pânico, afirmando que não se trata de uma doença fatal, como ebola.
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Em entrevista concedida ao canal de televisão norte-americano CBS, Obama disse que o vírus “é algo que devemos levar muito a sério”. No entanto, o presidente tenta tranquilizar a população. “A boa notícia é que não se trata do ebola. As pessoas não morrem de zika”, declarou. “Muita gente foi contaminado e nem sabia”, completou.
Obama sempre cita o ebola como exemplo da liderança dos Estados Unidos na luta contra epidemias. Em 2014, o presidente norte-americano mobilizou a comunidade internacional, a partir da Casa Branca, mas também da tribuna das Nações Unidas. Na época, o democrata qualificou a doença de “ameaça potencial para a segurança mundial”, antes de enviar cerca de 3 mil soldados para o continente africano.
Criação de um fundo de emergência
Obama vai pedir aos congressistas que a ajuda seja desbloqueada para prevenção e pesquisas. "A solicitação de recursos faz parte de nossos esforços de preparação e vai dar apoio à estratégias essenciais para combater este vírus", afirma o comunicado da Casa Branca.
Se o valor proposto por Obama foi aprovado pelo Congresso, boa parte (US$ 1,48 bilhão) será entregue ao ministério da Saúde, que irá aumentar a infraestrutura de testes nos Centros de Controle e de Prevenção de Doenças (CDC). Apenas cerca de US$ 335 milhões serão usados pela Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para ajudar os países mais atingidos pelo vírus.
A maioria das vítimas do zika nos Estados Unidos são pessoas que viajaram para zonas de proliferação do mosquito vetor do vírus. No entanto, as autoridades norte-americanas confirmação um caso de transmissão por via sexual.
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