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Cúpula do Mercosul

Mauricio Macri pede libertação de presos políticos na Venezuela

O presidente argentino, Mauricio Macri, pediu nesta segunda-feira (21) "a libertação imediata dos presos políticos da Venezuela", por ocasião do início, em Assunção, de uma cúpula do Mercosul.

O presidente paraguaio Horacio Cartes abraça Magri na Cúpula do Mercosul.
O presidente paraguaio Horacio Cartes abraça Magri na Cúpula do Mercosul. REUTERS/Mario Valdez
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"Peço expressamente a todos os presidentes a libertação imediata dos presos políticos na Venezuela", disse o presidente argentino em sua estreia na união aduaneira. O país caribenho foi questionado por organizações de direitos humanos pela detenção de líderes políticos, cujos estandartes são os opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, por supostamente incitar a violência no país.

"Nos Estados parte do Mercosul não pode haver espaço a perseguições ideológicas", prosseguiu Macri. "Minha visão da democracia vai munto além de ir às urnas a cada período de tempo. A democracia é uma forma de vida, um pacto de conivência, porque esta é a diversidade com a qual enriquecemos", acrescentou.

A presença de Nicolas Maduro foi descartada na noite de domingo, com o presidente venezuelano alegando compromissos internos que coincidem com seus recentes desencontros verbais com o novo líder argentino. O líder venezuelano é representado na cúpula por sua chanceler, Delcy Rodríguez, que acusou Macri de "ingerência nos assuntos da Venezuela".

Setenta e cinco líderes e estudantes venezuelanos estão presos. O mais visível é o líder da ala radical da oposição Leopoldo López, que foi condenado em setembro a quase 14 anos de prisão após um julgamento questionado por organizações de direitos humanos, enquanto o opositor prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, permanece sob prisão domiciliar.

Nas recentes eleições da Venezuela o Parlamento ficou amplamente dominado pela oposição, que prometeu aprovar entre suas primeiras leis uma anistia para estes presos.
 

Mais democracia

A Venezuela celebrou no dia 6 de dezembro eleições legislativas que deram uma grande vitória à oposição, que ficou com a maioria qualificada da Assembleia Nacional. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou este resultado de ser um "golpe de Estado eleitoral" e prometeu aos seus seguidores defender a revolução chavista.

"Chegou a hora de pedir um pouco mais à democracia", pediu Macri, eleito por uma coalizão de direita. Lembrando as ditaduras latino-americanas do século 20, prosseguiu: "Agora, no século 21, pedimos mais liberdade e compromisso com uma nova democracia".

Cúpula

Além de Macri, participam da reunião os presidentes dos demais países do Mercosul: a presidente Dilma Rousseff, o uruguaio Tabaré Vázquez e o anfitrião Horacio Cartes. Também assistem, como membros associados, Michelle Bachelet, do Chile, e Evo Morales, da Bolívia.

Em sua reunião no domingo para preparar a declaração final, os ministros das Relações Exteriores debateram os direitos humanos no bloco, mas evitaram a qualquer custo abordar o tema da Venezuela com a imprensa.
Ao inaugurar a 49ª cúpula do bloco e após dar as boas-vindas ao seu colega argentino, o presidente uruguaio, Horacio Cartes, pediu "respeito aos direitos humanos".
 

(Informações da AFP)

 

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