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Saúde/Sexo

Agência sanitária americana aprova "Viagra feminino"

A Food and Drugs Administration (FDA), agência americana que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, aprovou nesta terça-feira (18) a comercialização do flibaserin, conhecido como "Viagra feminino". O medicamento é indicado para mulheres na pré-menopausa, que sofrem de falta de desejo sexual, mas os especialistas alertam para eventuais riscos de efeitos colaterais.

O medicamento Addyi, considerado o "Viagra feminino", concebido especialmente para mulheres na pré-menopausa.
O medicamento Addyi, considerado o "Viagra feminino", concebido especialmente para mulheres na pré-menopausa. REUTERS/Sprout Pharmaceuticals/Handout via Reuters
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O medicamento será vendido com o nome de Addyi. A FDA autorizou seu uso para o caso específico de pacientes diagnosticadas com o "distúrbio do desejo sexual hipoativo generalizado adquirido (HSDD, na sigla em inglês)". Essa disfunção sexual é a mais comum observada entre mulheres e, de acordo com o comunicado da agência americana, "pode provocar perda súbita e severa da libido".

Esse distúrbio pode atingir mulheres sexualmente ativas e pode levar a problemas psicológicos como angústia e ainda dificuldades em relacionamentos. A FDA esclarece que a disfunção "não se deve a uma condição médica ou psiquiátrica coexistente, a problemas no relacionamento ou a efeitos de uma medicação ou outra substância".

Recomendações

O remédio Addyi, produzido pelo grupo Sprout Pharmaceuticals, é um agente não hormonal que atua nos neurotransmissores do cérebro. Ele não deve ser ingerido com bebidas alcóolicas e só será vendido em farmácias autorizadas porque sua interação com o ácool pode provocar vários efeitos colaterais como náuseas, sonolência, queda severa da pressão arterial e desmaios. A Agência recomenda aos profissionais de saúde que avaliem a interação da paciente com o álcool antes de prescrever o tratamento. 

A FDA aprovou o medicamento após duas tentativas frustradas anteriormente, em 2010 e 2013. A Agência considerou que não era possível determinar as vantagens em relação a um placebo. Em junho deste ano, um grupo de especialistas pediu a aprovação do flibaserin. A Agência não é obrigada a seguir a recomendação da equipe.

No site da FDA estão disponíveis dados de um teste clínico que comprovou a eficácia do remédio. Mulheres que disseram ter usado o flibaserin revelaram ter tido, em média, 4,4 experiências sexuais satisfatórias em um mês, contra 3,7 do grupo que consumiu o placebo. Antes do estudo, o número era de 2,7.

O fabricante do medicamento comemorou a aprovação do Addyi por significar uma "opção de tratamento médico para um problema que afeta muitas mulheres". Especialistas, no entanto, também levantaram questões sobre os riscos do uso do flibaserin em pacientes com câncer de mama, observados com dois estudos clínicos feitos com animais.
 

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