Com Lei da Liberdade, NSA perde meios de espionagem em larga escala
A Agência de Segurança Nacional americana (NSA) perdeu uma parte de suas prerrogativas com a promulgação da nova lei que limita as atividades de espionagem nos Estados Unidos. Nessa terça-feira (2), o presidente Barack Obama sancionou a nova Lei da Liberdade, que substitui a Lei Patriótica, depois que o texto foi aprovado pelo Senado nos mesmos termos que tinha sido votado na Câmara dos Representantes.
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Uma das principais mudanças está relacionada à coleta maciça de dados telefônicos. A nova lei estabelece que a partir de agora, caberá às companhias telefônicas arquivar os dados coletados pela NSA referentes a números chamados, horário e duração das ligações. O novo texto também prevê que as autoridades americanas precisarão pedir uma autorização judicial emitida por um tribunal antiterrorista mediante a identificação explícita da pessoa ou do grupo suspeito de ligação com o terrorismo.
O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse que a aprovação da Lei da Liberdade "é um passo atrás" na luta contra o terrorismo.
Porém, para boa parte da opinião pública americana, as mudanças introduzidas na lei representam uma vitória de Obama e uma segurança em relação à proteção da privacidade.
Snowden aprova reforma
O ex-analista da NSA, Edward Snowden, na origem da revelação do vasto sistema de escutas da NSA, também acolheu de maneira positiva a decisão. Ontem, Snowden ganhou o prêmio Bjornson de liberdade de expressão na Noruega. O júri justificou a escolha pelo trabalho do americano sobre a proteção da vida privada e por ter ilustrado de forma crítica a vigilância dos cidadãos pelos Estados.
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