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Colômbia/Farc

Bogotá e Farc superam crise e decidem retomar diálogo de paz

O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) decidiram retomar ao diálogo após a interrupção das negociações provocada pelo rapto de um general. Os mediadores de ambas as partes afirmam que a crise foi “superada” e pretendem se reunir a partir de 10 de dezembro para novas discussões.

Negociadores apresentam comunicam em Havana a retomada das discussões entre Bogotá e as Farc.
Negociadores apresentam comunicam em Havana a retomada das discussões entre Bogotá e as Farc. REUTERS/Enrique De La Osa
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Após uma primeira reunião na terça-feira (2), as delegações de Bogotá e das Farc discutiram nesta quarta-feira as bases para a retomada do diálogo suspenso no dia 16 de novembro, após o rapto pela guerrilha do general Ruben Alzate e dois de seus acompanhadores na província de Choco. A libertação do militar, que ocorreu no domingo, era uma das condições impostas pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, para desbloquear o processo.

Em um comunicado lido nesta quarta-feira em Havana por representantes de Cuba e da Noruega, dois países mediadores do processo de paz colombiano, as duas partes confirmaram que o próximo ciclo de discussões entre as Farc e Bogotá ocorrerá entre os dias 10 e 17 de dezembro. As delegações exprimiram a vontade de avançar na redução do conflito, “com o objetivo de chegar a um acordo o mais rapidamente possível”.

Presidente colombiano saudou retomada do diálogo com as Farc

Em Bogotá, o presidente colombiano saudou o anúncio feito na capital cubana. O chefe de Estado ressaltou a importância de se resolver o conflito armado "para salvar vidas e evitar o sofrimento, estabelecendo a paz neste país após 50 anos”.

Abertas em novembro de 2012 em Havana, as negociações de paz com o guerrilha marxista tenta colocar um ponto final no mais antigo conflito da América Latina. Segundo as últimas estatísticas oficiais, a ação dos guerrilheiros já causou a morte de 200 mil pessoas e obrigou outras 5,3 milhões a deixarem suas casas.

Até agora as discussões já conseguiram obter acordos parciais sobre o desenvolvimento rural, a luta contra o tráfico de drogas e a participação futura da guerrilha na vida política do país. Ainda faltam ser negociados pontos sensíveis, como a indenização das vítimas das Farc, discutida no momento da interrupção das conversas, o fim efetivo do conflito e as modalidades de ratificação de um eventual acordo de paz global.

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