Obama faz mea culpa e revê lei sobre planos de saúde
Nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou uma medida administrativa que permitirá aos americanos que perderam seus planos de saúde com a entrada em vigor do "Obamacare" manter seus produtos por mais um ano. Uma das promessas do presidente antes da entrada em vigor da regra era que ninguém ficaria descoberto. Mas os produtos de cerca de 5% dos americanos, que são assegurados por empresas privadas sem passar por seus empregadores, tornaram-se ilegais e siplesmente deixaram de existir. Com a nova medida, essas pessoas são reintegradas a seus planos.
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Obama assumiu a culpa pelo caótico lançamento da lei e prometeu trabalhar duro para recuperar a confiança do povo americano. Com a taxa de aprovação na descendente e uma revolta dentro do Partido Democrata, o chefe do executivo admitiu falhas não só na cobertura, mas no lançamento de um website de venda de planos. Em outubro, apenas 106 mil pessoas conseguiram adquirir um seguro nos sites governamentais dos 14 estados - 1,5% da previsão governamental.
"Houve algumas vezes que eu acho que a gente apanhou injustamente. Mas, desta vez, a gente merece, ok? A culpa é nossa", assumiu o presidente. Ele negou, no entanto, que sabia antecipadamente que o site seria um fracasso: "Se eu tivesse sido informado, não ia sair por aí dizendo: 'cara, isso vai ser genial!'" Nesta quinta-feira, ele admitiu que o site "teve um começo difícil".
O pronunciamento mostra a dimensão da controvérsia causada pelo Obamacare, mas também serve de termômetro para o descontentamento dos democratas de Capitol Hill - eles temem que a queda da popularidade Obama respingue sobre eles nas eleições legislativas do ano que vem.
Para os republicanos, que se opuseram em massa à regra, a mea culpa é insuficiente: "O presidente Obama precisa admitir que o 'Obamacare' não tem conserto", declarou Eric Cantor, líder da maioria republicana na Casa.
No entanto, Obama advertiu a oposição: "Não aceitarei propostas que não passem de tentativas de boicotar ou destruir integralmente a lei e nos empurrar de volta a um sistema quebrado".
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