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Estados Unidos/Espionagem

Gigantes da web sobem o tom contra espionagem americana

Seis gigantes da tecnologia – Google, Yahoo!, Apple, Microsoft, AOL e Facebook – subiram o tom nessa quinta-feira contra o governo americano pedindo uma reforma dos programas de vigilância.

Le quartier général de Google, à Mountain View, dans la Silicon Valley.
Le quartier général de Google, à Mountain View, dans la Silicon Valley. AFP PHOTO/Nicholas KAMM
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Raquel Krähenbühl, correspondente da RFI em Washington

Em represália à denúncia de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA espionou servidores da Google e da Yahoo!, as empresas enviaram uma carta a membros do Comitê de Justiça do Senado pedindo melhorias para proteger a privacidade e mecanismos de fiscalização e prestação de contas.

“Pedimos que o governo trabalhe com o congresso nessas reformas essenciais que promoveriam transparência e ajudariam a reconstruir a confiança dos usuários de internet ao redor do mundo”, diz a carta.

O texto também aclama projetos de lei apresentados no começo da semana pelo senador democrata Patrick Leahy e pelo deputado republicano James Sensenbrenner Jr. que, entre outras coisas, acabaria com a coleta massiva de dados de comunicação de milhões de americanos.

No entanto, a proposta tomou um banho de água fria nessa quinta-feira depois que um projeto rival foi aprovado pelo Comitê de Inteligência do Senado por 11 votos contra 4. O texto, que ainda precisa da aprovação do plenário do Senado, permite que a Agência de Segurança Nacional continue a controversa prática de coleta de dados, apenas aumentando a transparência.

A patrocinadora da medida, a senadora democrata Dianne Feinstein, defendeu que o programa de monitoramento é legal e sujeito à extensa supervisão do judiciário e do legislativo e que contribui com a segurança nacional, mas reconheceu que mais deve ser feito para aumentar a transparência e reestabelecer o apoio público – abalado ainda mais depois das denúncias de espionagem contra cidadãos e líderes europeus.

Uma delegação de altos funcionários alemães está na capital americana para pedir explicações sobre o monitoramento de ligações pessoais da primeira-ministra Angela Merkel desde 2002.

Detalhes da espionagem americana ao redor do mundo têm sido revelados desde Junho pelo ex-consultor da NSA, Edward Snowden, que está asilado na Rússia.
 

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