Crise orçamentária provoca cancelamento da viagem de Obama à Ásia
O presidente Barack Obama cancelou um giro pela Ásia de uma semana por conta da crise orçamentária dos Estados Unidos e o suspense em torno da votação do aumento do teto da dívida pública. Na Indonésia, o presidente participaria do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico
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Depois de cancelar sua viagem à Malásia e às Filipinas, Barack Obama anunciou que adiaria outras duas etapas de sua turnê, que incluía uma visita ao Brunei e à Indonésia. Segundo o presidente, a crise do orçamento "exige que ele fique em Washington."
De acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca, o presidente fará tudo para convencer os republicanos a votarem medida permitindo que o serviço público volte ao normal nos Estados Unidos.
Os serviços federais estão parcialmente fechados desde terça-feira, na falta de um acordo de um Congresso sobre o orçamento do governo.
A viagem de Obama, que começaria neste sábado, deveria durar uma semana.
O voto foi bloqueado pela oposição dos republicanos à reforma da Saúde proposta por Obama, a 'Obamacare', uma de suas promessas de campanha. Um acordo entre democratas e republicanos deverá demorar no mínimo de uma semana.
Aumento do teto da dívida deve ser votado até dia 17 de outubro
A crise pode ser ainda mais grave se até o governo americano não conseguir votar, até o dia 17 de outubro, o aumento do teto da dívida pública.
No caso deste cenário, estima o FMI, o risco de uma nova crise econômica mundial é palpável.
Na Indonésia, Barack Obama deveria participar da Cúpula da Apec, que acontece em Bali de 5 a 7 de outubro, e em seguida viajaria ao Bruneï para participar de um encontro sobre a segurança na Ásia. As delegações americanas serão chefiadas pelo secretário de estado americano, John Kerry.
Obama deveria se encontrar com o presidente russo, Vlamidir Putin, o chinês Xi Jinping e o novo primeiro-ministro Shinzo Abe.
Desde 2010, o governo americano tem privilegiado sua reaproximação diplomática com a Ásia, com o objetivo de aumentar sua influência na região, dominada pela China.
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