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Estados Unidos/Governo

Republicanos se mobilizam contra nomeação de Hagel no Pentágono

A escolha de Chuck Hagel, que é ex-senador republicano e veterano da Guerra do Vietnã, para o mais alto cargo militar dos Estados Unidos, já era amplamente esperada para substituir Leon Panetta, no Pentágono. Mas mesmo sendo amplamente esperada, não quer dizer que será uma nomeação fácil. Hagel deve enfrentar resistência no Senado porque muitos republicanos o veem como anti-Israel e como tendo uma mão leve demais em relação ao Irã.

O presidente dos EUA, Barack Obama, nomeou nesta segunda-feira (7) o conselheiro antiterrorismo John Brennan na direção da CIA.
O presidente dos EUA, Barack Obama, nomeou nesta segunda-feira (7) o conselheiro antiterrorismo John Brennan na direção da CIA. REUTERS/Kevin Lamarque
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Carolina Cimenti, correspondente em Nova York

O presidente Barack Obama e o então senador Hagel se aproximaram bastante em 2003, quando fizeram oposição contra a guerra do Iraque. Ao nomear Hagel, Obama disse: “eu já servi ao país com Chuck Hagel, eu o conheço. Ele é um patriota e alguém que fez um trabalho extraordinário nos dois lugares, no Congresso e durante a guerra do Vietnã”.

 Em resposta, o segundo republicano mais importante no Senado, John Cornyn, disse que tornar Hagel o secretário de Defesa seria "a pior mensagem possível que poderíamos enviar a nosso amigo Israel e aos nossos aliados no Oriente Médio".

Hagel foi nomeado nesta segunda-feira, juntamente com John Brennan, que trabalhou na CIA por 25 anos, e substituirá o general da reserva David Petraeus, e com o senador John Kerry, nomeado para suceder Hillary Clinton na chefia do Departamento de Estado. Os três ainda precisam ser confirmados pelo Senado para os cargos, antes do dia da posse do presidente, em 20 de janeiro.

Um número crescente de republicanos no Congresso está dizendo que vai se opor à nomeação de Hagel, principalmente porque ele criticou diversas vezes abertamente o chamado “lobby judeu” em Washington e votou contra várias sanções americanas contra o Irã. Hagel também é famoso por achar que os gastos com o setor militar nos Estados Unidos são exagerados.

O conselheiro antiterrorista John Brennan, de origem irlandesa, também não conta com a simpatia unânime do Congresso, apesar de um extenso currículo na área. Ex-diretor do Centro Nacional de Luta Antiterrorista (2004-2005), Brennan já foi chefe do serviço de inteligência americano na Arábia Saudita e é considerado um especialista do Oriente Médio. Elle trabalhou durante 25 anos na CIA, é um ex-espião da agência, e desde setembro de 2001 está na linha de frente do combate contra o grupo terrorista Al-Qaeda.

Brennan é um dos conselheiros que aparece na imagem divulgada pela Casa Branca, ao lado de Obama, durante o assalto que levou à morte de Bin Laden no Paquistão. É considerado um dos responsáveis pela mudança de estratégia dos Estados Unidos na eliminação de terroristas, que passou a privilegiar os assassinatos seletivos por aviões teleguiados (drones) em vez de operações no terreno. A medida tem dado resultados, mas ainda enfrenta resistência da ala conservadora.

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