Desemprego nos EUA cai para 8,3%, menor taxa desde fevereiro de 2009

O reaquecimento do mercado de trabalho americano continua neste início de ano. O Ministério do Trabalho dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira que o desemprego recuou de 8,5% em dezembro para 8,3% em janeiro, a menor taxa desde fevereiro de 2009. Os mercados financeiros reagiram com otimismo em Nova York e nas principais bolsas de valores europeias. 

Recrutamento de emprego em uma feira de Nova York. REUTERS/Eduardo Munoz

A Casa Branca comemorou os números, estimando que trata-se de uma "nova prova" da melhoria da economia do país. Autoridades em Washington alertaram, no entanto, que um crescimento mais rápido ainda é necessário para compensar as perdas provocadas pela recessão.

Enquanto o setor privado garantiu a totalidade dos postos de trabalho criados em janeiro (257 mil) - o mais alto nível desde abril -, o setor públicou suprimiu 14 mil. A média ficou em 243 mil novos empregos, maior do que os 203 mil criados em dezembro e os 157 mil em novembro. No setor privado, as únicas atividades que registraram demissões em massa foram nas áreas de informática e finanças.

A melhora no desemprego norte-americano foi sentida no mercado financeiro. Em Nova York o Dow Jones fechou em alta de 1,23% e o índice Nasdaq fechou o pregão em alta de 1,61%. As praças europeias também reagiram com otimismo à notícia e terminarm a semana com valores positivos. 

Críticas de Mitt Romney

O candidato favorito entre os republicanos às eleições presidenciais americanas deste ano, Mitt Romney, disse nesta sexta-feira que a diminuição do desemprego no país é uma boa notícia, mas acusou o presidente Barack Obama de adotar uma política que impede uma "verdadeira retomada da economia".

"Nós podemos fazer melhor do que isso. Cerca de 24 milhões de americanos continuam desempregados ou estão em sub-empregos ou pararam de procurar trabalho. O desemprego de longa duração continua com níveis recordes", disse Romney.

O candidato republicano reconheceu que Obama herdou uma grave crise financeira na sua chegada à Casa Branca, em janeiro de 2009, mas criticou a política do presidente, chamando-a de "freio à retomada econômica".