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EUA/11 de setembro

Nova York lembra ataques de 11/09 com emoção e segurança máxima

Com um grande dispositivo de segurança nas ruas, para afastar os riscos de uma ameaça terrorista, Nova York realiza neste domingo a cerimônia de lembrança dos 10 anos do atentado contra o World Trade Center. As homenagens às vítimas contaram com a participação do presidente Barack Obama e do ex-presidente George Bush, que assistiram à cerimônia em uma cabine bindada.  

Cerimônia de homenagem às vttimas do World Trade Center.
Cerimônia de homenagem às vttimas do World Trade Center. Reuters
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Cleide Klock, correspondente da RFI em Nova York

As homenagens do 11 de setembro, que duraram cinco horas, foram marcadas por discursos rápidos dos políticos presentes e grande emoção dos familiares das vítimas. Foram seis minutos de silêncio, nos exatos momentos em que ocorreram os choques nas torres, quando cada uma delas veio ao chão, e na hora e na hora da queda dos aviões e no Pentágono.

O prefeito Michael Bloomberg ficou no comando da cerimônia e anunciou os seis minutos de silêncio nos exatos momentos que aconteceram os choques nas duas torres, quando cada uma veio ao chão e na hora das quedas dos aviões na Pensilvânia e no Pentágono. O Presidente Barack Obama fez um discurso rápido e leu parte do Salmo 46 da Bíblia. "Deus é nosso refúgio e nossa força", disse ele. Logo após quem falou foi George W. Bush, que era presidente na época dos atentados.

Apesar de nos Estados Unidos ele receber frequentemente várias críticas, Bush foi o mais aplaudido da cerimônia. Ele leu uma carta de Abraham Lincoln, presidente americano da segunda metade do século XIX, escrita para uma mulher que havia perdido seus cinco filhos na Guerra Civil dos Estados Unidos. Rudolph W. Giuliani, ex-prefeito de Nova York, também levantou aplausos.

Os familiares puderam entrar no Memorial, inaugurado neste domingo, e prestar suas homenagens com flores e bandeiras americanas diante dos nomes escritos nas placas de bronze, que circundam as duas fontes construídas no local onde ficavam os dois edifícios. James Taylor e Paul Simon cantaram em celebração aos 10 anos dos atentados. Simon foi responsável pelo auge da emoção entre os familiares, quando cantou a música Sound of Silence (Som do silêncio).

Relembrando filhos, pais, mães, irmãos, cada um tinha uma história pra contar, cheia de detalhes sobre os últimos momentos que conversaram com seus entes queridos pela última vez e a angústia de nunca ter encontrado o corpo deles ou um vestígio no local da tragédia.

Cerca de 40% dos quase três mil corpos nunca foram encontrados. Cada um trouxe uma placa, uma foto, uma mensagem que gostaria de dizer.  A descrição de como eram em vida, fazia o coração ainda não cicatrizado, jorrar lágrimas. E como acontece todos os anos, o momento de maior tristeza é a leitura dos 2.983 nomes da vítimas, feita por famílias, que ao falar o nome, expressam a saudade, a dor da perda ou em alguns casos, crianças que hoje com pouco mais de 10 anos expressam a angústia de não lembrarem como eram seus pais, mães ou irmãos que morreram nos atentados.

Ameaça terrorista

As cerimônias foram marcadas pela ameaça de atentado terrorista nos Estados Unidos. O presidente Barack Obama e o ex-presidente George W. Bush ficaram em uma cabine blindada. Nenhum dos dois fez uma alusão direta ao risco de atentado, mas a segurança da cidade foi reforçada. Perto dos locais das homenagens, as ruas e metrôs foram fechados, e houve reforço do policiamento, além da presença do exército.  Nesta sexta-feira, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos revelou que um ataque estaria sendo planejado na cidade, mas nada foi confirmado. De acordo com informações do governo americano, a intenção dos terroristas era explodir um carro em Nova York ou Washington.

Homenagens na Pensilvânia e Pentágono

Centenas de pessoas se reuniram em Shanksville, na Pensilvânia, que teve a presença do presidente Barack Obama. No local caiu um dos aviões desviados que ia em direção ao Capitólio, mas os passageiros impediram os terroristas de chegar ao destino.  No Pentágono, outro alvo dos terroristas, o vice-presidente Joe Biden representou o governo americano.

 

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