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Caso Strauss-Kahn

Justiça americana arquiva o processo penal contra Strauss-Kahn

O juíz Michael Obus decidiu nesta terça-feira arquivar o processo penal contra Dominique Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual pela camareira Nafissatou Diallo. Após mais de três meses de processo judicial, o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) deve receber seu passaporte em breve e poderá deixar os Estados Unidos quando desejar. 

Dominique Strauss-Kahn, entre sua mulher Anne Sinclair e seu advogado Benjamin Brafman na saída do tribunal.
Dominique Strauss-Kahn, entre sua mulher Anne Sinclair e seu advogado Benjamin Brafman na saída do tribunal. Reuters
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Como esperado, o juíz Michael Obus seguiu as indicações do procurador de Nova York Cyrus Vance e decidiu arquivar o processo contra Dominique Strauss-Kahn. A decisão deve encerrar uma saga judicial que já dura mais e três meses e resultou na renúncia do francês de seu cargo de diretor-gerente do FMI, após a acusação de agressão sexual contra a camareira Nafissatou Diallo.

O procurador Cyrus Vance havia anunciado na véspera que iria pedir o arquivamento do processo. Segundo ele, mesmo se o ex-chefe do FMI teve uma relação sexual com a suposta vítima, não existiam provas de que essa relação teria sido forçada. Em um documento de 25 páginas entregue ao juíz, Vance explicou que Diallo mentiu várias vezes aos investigadores, o que teria invalidado a credibilidade de seu depoimento.

Ao sair do tribunal, o francês falou rapidamente com a imprensa. “Esse últimos meses foram um pesadelo para minha família e para mim. Espero poder voltar logo ao meu país”, disse ele. Logo após o anúncio, Kenneth Thompson, o advogado da camareira criticou a decisão. Segundo ele, o procurador “abandonou uma mulher inocente e recusou a direito de justiça em um caso de estupro”.

Uma última manobra Thompson ainda tentou reter Strauss-Kahn nos Estados Unidos por alguns dias. O advogado da camareira havia pedido no início da semana a troca do procurador, mas a justiça rejeitou o requerimento e o ex-chefe do FMI poderá deixar o território americano quando desejar.

 

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