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Estados Unidos/Crise

Obama dá 36 horas para oposição republicana chegar a acordo sobre a dívida

O prazo para a Casa Branca chegar a um acordo no Congresso sobre o aumento do teto da dívida americana, que já supera US$ 14 trilhões, está chegando ao fim sem que Barack Obama tenha conseguido um consenso com a oposição republicana. As agências de classificação de risco ameaçam rebaixar a nota de confiança dos Estados Unidos, espalhando preocupação mundo afora.  

O presidente americano, Barack Obama (no centro), e os líderes do Congresso na Casa Branca, em Washington.
O presidente americano, Barack Obama (no centro), e os líderes do Congresso na Casa Branca, em Washington. Reuters
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Em mais um esforço do governo americano para conseguir a aprovação do aumento do teto da dívida pública até o dia 2 de agosto, o presidente Barack Obama se reuniu com os líderes do Congresso na Casa Branca pela quinta vez consecutiva nesta quinta-feira. O prazo está chegando ao fim e o risco de os Estados Unidos não conseguirem honrar seus compromissos e pagar suas contas espalha preocupação mundo afora, o que pode abalar a confiança na economia americana.

Primeiro, a agência de avaliação de risco Moody’s ameaçou reduzir a classificação dos Estados Unidos, que atualmente tem nota máxima (AAA). Depois, a agência Standard & Poor’s alertou que existe 50% de chance de rebaixar a classificação do governo americano em até três meses. No mesmo dia, a China, um dos maiores credores dos Estados Unidos, solicitou que o governo americano adote políticas responsáveis sobre a dívida para garantir o inteteresse dos investidores.

Enquanto isto, todo o time econômico do governo corre contra o relógio em busca de um consenso. O presidente do FED, Ben Bernanke, alertou para uma enorme calamidade financeira e prejuízos para a economia mundial se os Estados Unidos não conseguirem um acordo para aumentar o teto no prazo.

Mesmo assim, a disputa em Washington fica cada vez mais tensa. Os republicanos, em princípio, rejeitavam o aumento do limite, mas agora aceitam com a condição de que o governo corte gastos em programas populares para reduzir o déficit fiscal do país, atualmente em US$ 1,5 trilhão. A oposição também rejeita qualquer aumento de impostos para os mais ricos. Os democratas, por outro lado, defendem este aumento de impostos e não concordam em cortar gastos de programas públicos essenciais.

A disputa política ganha ainda mais força porque Washington já está em plena campanha para as eleições presidenciais do próximo ano. O líder da oposição no Senado, senador Mitch McConnell, enfatizou que se recusa a ajudar o presidente Obama a se reeleger, como ocorreu com o ex-presidente Bill Clinton em 1995. O senador propôs um plano que transferiria toda a responsabilidade do aumento do limite do endividamento para a Casa Branca: o Congresso votaria para desaprovar ao invés de aprovar o aumento e o presidente poderia vetar a desaprovação e garantir o teto.

No encontro desta quinta-feira nenhum acordo foi feito, mas o presidente pediu que os líderes do Congresso entreguem a ele um possível acordo em até 36 horas. Nesta sexta-feira, Obama vai conceder a segunda coletiva à imprensa na semana para atualizar a população sobre as negociações.

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