Peruanos vão às urnas com empate técnico entre os candidatos
Observadores internacionais que chegaram ao Peru para acompanhar o segundo turno das presidenciais neste domingo, pediram que os partidos e o povo peruano respeitem os resultados oficiais das eleições. Últimas pesquisas de opinião apontam empate técnico entre os candidatos Ollanta Humala, de esquerda, e Keiko Fujimori, da direita populista.
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O chefe da Missão dos Observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) disse que as organizações políticas do país e os cidadãos “devem respeitar os resultados finais e oficiais da Comissão Eleitoral e somar esforçar para impulsionar o desenvolvimento da democracia no país”. José Ignácio Salafranca, chefe da Missão de Observação da União Européia pediu “tranquilidade e respeito” aos resultados do segundo turno.
Cerca de 20 milhões de eleitores peruanos vão às urnas neste domingo para eleger o sucessor do presidente Alan Garcia. As últimas 5 sondagens feitas no país apontam resultados diferentes e empate técnico entre os dois candidatos.
A candidata Keiko Fujimori aparece com uma vantagem mínima de 50,6% contra 49,4% de votos válidos obtidos pelo seu rival Ollant Humala de acordo com a pesquisa da empresa Datum. Já uma sondagem feita pela Universidade Católica de Lima mostra Humala na frente com 51,8% dos votos contra 48,2% para Keiko Fujimori.
“O país está dividido em duas partes iguais. Nunca houve uma eleição tão disputada na história do Peru”, afirmou o diretor de opinião pública da Universidade Católica, Fernando Tuesta.
Candidatos
Humala, um militar aposentado de 48 anos, que muitos apontam como próximo demais do venezuelano Hugo Chávez, é temido diante da possibilidade de mudar o modelo econômico que levou o país ao maior crescimento da América Latino na última década. No ano passado o PIB cresceu acima de 8%.
Keiko Fujimori, de 36 anos, candidata da direita populista, é herdeira política de seu, pai, o ex-presidente Alberto Fujimori ( 1990-2000), cujo governo foi caracterizado pela violação dos direitos humanos e corrupção, pela qual foi condenado a 25 anos de prisão.
O debate se concentrou entre os que desejam a continuidade de um modelo econômico e devem votar em Keiko Fujimori e os que rejeitam com veemência uma volta da família Fujimori e de seus aliados ao poder, diante do que representam para a democracia.
A campanha eleitoral foi encerrada na última quinta-feira com muitos ataques entre os adversários e promessas para convencer os mais de 14% de eleitores que segundo as sondagens, ainda não haviam definido seu voto.
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