Para analistas, caso DSK pode provocar choque na economia global

A prisão preventiva de Dominique Strauss-Kahn acontece durante um momento crítico para o Fundo Monetário Internacional, quando a instituição está preparando encontros sobre o futuro da economia da Grécia e de Portugal, e, portanto, da Europa, além da seleção de um novo chefe do Banco Central Europeu. Muitos analistas acreditam que o afastamento do diretor-gerente do FMI pode causar um choque na economial global.

John Lipsky assumiu interinamente as funções de diretor-geral interino do FMI Reuters

Lígia Hougland, correspondente da RFI em Washington

Desde que assumiu o cargo mais alto da instituição, em 2007, Strauss-Kahn foi responsável por transformar a imagem do Fundo e dirigir planos para a recuperação econômica mundial. No momento, John Lipsky, o segundo homem do Fundo, está atuando temporariamente como diretor-gerente da instituição. Na semana passada, Lipsky havia anunciado que se afastaria do FMI nos próximos meses. Agora, o mundo financeiro se pergunta quem vai liderar o FMI, caso Strauss-Kahn não retorne ao cargo.

Entre os mais cotados estão o ex-primeiro ministro inglês Gordon Brown, o economista turco Kemal Davis, o ex-ministro das Finanças do México Augustin Carstens, e o cabeça do Banco de Israel, Stanley Fisher. Alguns analistas acham que tanto os Estados Unidos quanto a Europa podem promover a nomeação da ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, para assumir a chefia do Fundo, tirando as esperanças dos emergentes chegarem ao cargo.

Na tarde desta segunda-feira passada, Caroline Atkinson, diretora de comunicações do FMI, comunicou que o Fundo continuará a acompanhar os desenvolvimentos da situação de Strauss-Kahn com a justiça de Nova York.