No Equador, Rafael Correa passa por prova de fogo e vence referendo
Mesmo sem a larga vantagem anunciada pelas pesquisas de boca-de-urna, o presidente do Equador, Rafael Correa, saiu fortalecido no referendo sobre seus projetos de reformas, alguma delas fundamentais para o funcionamento da justiça e da imprensa no país.
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O referendo estava sendo considerado como um teste para a legitimidade do governo do presidente Rafael Correa. Mesmo com uma pequena margem, ele acabou passando na prova de fogo na consulta feita a 11 milhões de eleitores, no último sábado.
O referendo girou em torno de vários projetos de reformas como a mudança do sistema judiciário, novas regras para os meios de comunicação e até proibição de touradas.
As dez perguntas realizadas pelo governo receberam entre 45% e 51% de votos favoráveis.
Segundo o Conselho Eleitoral Nacional, apenas uma curta margem de 0,5% pode modificar os resultados preliminares, o que não teria influência na vitória do presidente. Dentro de duas semanas, os resultados definitivos serão divulgados.
A oposição equatoriana reconheceu a derrota neste domingo.
Mais poderes
Este referendo causa um forte avanço no projeto político de Correa. Por exemplo, as propostas aprovadas em matéria de reforma da Justiça e a supervisão dos meios de comunicação ampliam os poderes para o presidente.
Hoje, ninguém pode responder ainda quais serão as consequências diretas destas reformas. A oposição de direita, assim como alguns ex-aliados de Correa, temem uma tendência autoritária, o fortalecimento de um regime que não permita vozes dissonantes.
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