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Economia/América Latina

BID alerta para crescimento econômico desigual na América Latina

Em relatório divulgado neste fim de semana, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) confirmou que a América Latina apresenta um crescimento importante em sua economia, mas que a progressão registra desequilíbrios flagrantes entre os países. A constatação foi feita logo após a declaração do presidente do FMI sobre os riscos de superaquecimento da economia latino-americana.

BID fala do desequilíbrio do crescimento na América Latina enquanto FMI alerta para superaquecimento econômico na região.
BID fala do desequilíbrio do crescimento na América Latina enquanto FMI alerta para superaquecimento econômico na região. Reuters
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O BID, que estava reunido em assembleia no Canadá neste fim de semana, alertou para o crescimento desigual na América Latina. Segundo a instituição, a região é divida em dois grupos com realidades bem diferentes. De um lado há o bloco liderado pelo Brasil (composto pela Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e Trinidad e Tobago), que está “bem posicionado em um mundo no qual as economias emergentes são motores de crescimento”, principalmente devido às exportações de matérias-primas, analisa o banco.

Do outro lado há o grupo liderado pelo México e formado pelos países da América Central e do Caribe (com exceção do Haiti). Essas nações, que dependem principalmente da produção de bens e serviços para os países industrializados, não beneficiam do mesmo crescimento. De acordo com o BID, o primeiro grupo deve registrar um crescimento de 4.4% este ano, enquanto o segundo vai progredir apenas 2.7% em 2011.

FMI alerta para superaquecimento

A análise do BID foi feita logo após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter chamado a atenção para o superaquecimento da economia na América Latina. Segundo o presidente do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, o boom dos créditos pode criar bolhas especulativas que colocariam em risco o crescimento recente da economia na região.

O FMI usa o Brasil como exemplo desse fenômeno. A instituição explica que o preço da moradia praticamente dobrou em algumas cidades nos últimos dois anos e lembra que a moeda brasileira ganhou quase 10% desde março de 2010.
 

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