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Biden vence com 96% as primárias democratas da Carolina do Sul e confirma apoio de afro-americanos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, venceu as primárias democratas da Carolina do Sul, no sábado (3), que alinham a eleição presidencial de novembro, na qual ele espera fazer de seu possível rival republicano, Donald Trump, um "perdedor". Biden teve apenas dois adversários: o congressista e empresário Dean Phillips, que obteve 1,6% dos votos, e a autora de autoajuda Marianne Williamson (2%).

O presidente Joe Biden fala em um evento em Manassas, Virgínia, em 23 de janeiro de 2024. (Imagem ilustrativa)
O presidente Joe Biden fala em um evento em Manassas, Virgínia, em 23 de janeiro de 2024. (Imagem ilustrativa) AP - Alex Brandon
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Guillaume Naudin, enviado especial da RFI em Columbia

Joe Biden, de 81 anos, venceu as primárias com mais de 96,4% dos votos contra dois outros candidatos que eram praticamente desconhecidos do público em geral, de acordo com os resultados extraídos ainda na metade da contagem dos votos. Demorou menos de meia hora para que a mídia americana o declarasse vencedor, em um estado que já o havia colocado no caminho para a Casa Branca, há quatro anos.

Nas primeiras seções eleitorais, a diferença já era intransponível para seus rivais: um político pouco conhecido de Minnesota, Dean Phillips, herdeiro de uma rica empresa de sorvetes, e Marianne Williamson, autora de best-sellers sobre desenvolvimento pessoal. Ambos mal conseguiram mais de 2% dos votos no sábado.

Assim que o resultado foi divulgado, Joe Biden agradeceu: "obrigado a todos, não tenho palavras para dizer o quanto sou grato por isso. E vocês não se livraram de mim, eu voltarei. Amo todos vocês, obrigado, obrigado, obrigado!"

É um triunfo, e Karen Corbett, afro-americana aposentada e ex-soldado, nunca duvidou disso: "Eu sabia que ele ia ganhar na Carolina do Sul. Estávamos lá para apoiá-lo há quatro anos. E estamos aqui por ele agora. Não acredito em pesquisas, elas são manipuladas. As pesquisas já erraram três ou quatro vezes.

As pesquisas até agora não são muito animadoras. Para Jahleel Johnson, que acabou de se formar na universidade, o resultado é um impulso para a campanha: "isso nos dá impulso. Espero que isso envie uma mensagem para o resto do país de que os democratas estão apoiando Biden e que estamos prontos para reelegê-lo em novembro. Somos mais diversificados do que outros estados, portanto, o fato de a Carolina do Sul votar nele mostra que um eleitorado muito diversificado de democratas o apoia".

Acima de tudo, era o comparecimento, especialmente entre os eleitores afro-americanos, que deveria ser examinado. Em 2020, os afro-americanos da Carolina do Sul, que constituem uma grande proporção da população desse antigo estado escravocrata no sudeste, ajudaram Joe Biden a salvar sua campanha nas primárias, ao abrir seu caminho para a Casa Branca. No entanto, embora o eleitorado negro nos Estados Unidos tradicionalmente se incline para os democratas, várias pesquisas recentes mostram que o apoio a Joe Biden está diminuindo, principalmente entre os jovens, que sentem que não foram ouvidos o suficiente durante seu mandato.

"Vozes extremas e perigosas estão em ação"

Durante toda a noite, as autoridades democratas explicaram que o eleitorado alvo respondeu, pois na votação antecipada, a participação de eleitores negros aumentou 13% em relação a quatro anos atrás. O comparecimento total estimado é menor do que em 2020, mas isso é de se esperar, já que a primária anterior do estado foi muito mais competitiva.

"Em 2024, o povo da Carolina do Sul se manifestou novamente e não tenho dúvidas de que vocês nos colocaram no caminho de outra vitória presidencial e outra derrota de Donald Trump", disse o candidato democrata em um comunicado. "Os riscos desta eleição não poderiam ser maiores. Vozes extremas e perigosas estão agindo no país, lideradas por Donald Trump", acrescentou.

No sábado, Joe Biden apareceu na sede de sua campanha em Wilmington, em seu estado natal, Delaware, garantindo que estava "em uma missão", antes de sair para fazer campanha na Califórnia e em Nevada. "Não se trata apenas de uma campanha. É mais como uma missão. Para o bem deste país, não podemos perder (...) E digo isso do fundo do meu coração. Não se trata de mim, vai muito além de mim", insistiu.

Embora a Carolina do Sul provavelmente permaneça nas mãos dos republicanos na eleição presidencial de novembro, como tem acontecido desde 1980, o presidente deixou claro que vê o estado como um teste importante. Ele já visitou o estado duas vezes desde o início do ano.

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