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Equador: político denuncia tentativa de assassinato na véspera das eleições e acusa policiais

O prefeito da cidade litorânea de La Libertad (com cerca de 100 mil habitantes), Francisco Tamariz, denunciou ter sido vítima de um ataque a tiros na madrugada deste sábado (19), véspera das eleições gerais antecipadas no Equador. "Tentaram me matar!" publicou no X, antigo Twitter, o político, que é próximo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).

Em eleições incertas no Equador neste domingo (20), país vai às urnas sob a mira do crime organizado.
Em eleições incertas no Equador neste domingo (20), país vai às urnas sob a mira do crime organizado. REUTERS - KAREN TORO
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Tamariz acrescentou que há "mais de oito testemunhas" do ataque no qual ele denuncia que a polícia supostamente participou. Ele estava com sua esposa e outros dois parentes em um veículo blindado, que teria sido alvo de cerca de 30 disparos. Ele destacou que todos saíram ilesos do ataque.

Rafael Correa, cuja candidata Luisa González é favorita para a eleição presidencial deste domingo, republicou a denúncia que o prefeito de La Libertad - cidade no sudoeste, - havia publicado no X.

A Polícia e o governo não se pronunciaram sobre o fato

No Facebook, Tamariz disse posteriormente que ao retornar do porto de Guayaquil, no sudoeste, sua caminhonete blindada foi alvejada por duas pessoas à paisana que saíram de um veículo policial.

"Começaram a metralhar a viatura em questões de segundo (...), começaram a disparar contra nós, sequer questionaram quem estava ali", disse ele em comunicado, feito ao lado da esposa em video. Ambos apareceram com coletes à prova de balas.

"Se (o carro) não fosse blindado, irmãos equatorianos, eu não estaria aqui", direcionando-se aos compatriotas. "Seria impossível para mim estar falando com você com 30 tiros que foram (...) direcionados à caminhonete", acrescentou o prefeito.

Nos últimos anos, o Equador enfrentou uma onda de violência ligada ao narcotráfico, com massacres em prisões, que deixaram mais de 430 presos mortos desde 2021 e uma taxa recorde de 26 homicídios por 100 mil habitantes nas ruas em 2022, quase o dobro do ano anterior.

Ao sair de um comício em Quito, em 9 de agosto, o candidato à eleição Fernando Villavicencio (centro), que estava em segundo lugar nas intenções de voto, de acordo com uma pesquisa, foi morto a tiros.

Em plena campanha para as eleições deste domingo, também foram assassinados outro prefeito, um candidato a deputado e um líder local apoiante do correísmo - força de esquerda do ex-presidente Rafael Correa.

Na quinta-feira (17), durante o encerramento da campanha, o candidato presidencial Daniel Noboa (direita) denunciou um ataque a tiros contra sua caravana, do qual saiu ileso. As autoridades contradizem sua versão.

(Com AFP)

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