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Trump reafirma que será candidato à eleição presidencial nos EUA, apesar de acusações

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (28) que manterá sua candidatura à presidência dos EUA, mesmo se for considerado culpado e condenado na Justiça. Trump, citado em vários processos, foi alvo de outras três novas acusações nesta quinta-feira (27) sobre o acesso e manuseio de documentos confidenciais.

Trump durante um comício em Council Bluffs, no Iowa
Trump durante um comício em Council Bluffs, no Iowa AP - Charlie Riedel
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Questionado pelo radialista conservador John Fredericks se uma decisão desfavorável interromperia sua campanha, Trump respondeu que não "há nada na Constituição que diga que deveria", e emendou: "até mesmo os loucos da esquerda radical dizem que não, que isso não me impediria. Essas pessoas estão doentes", acrescentou. A eleição presidencial americana acontecerá em novembro de 2024.

Segundo Trump, Barack Obama (2009-2017) e George W. Bush (2001-2009), "pegaram documentos" dos arquivos da Casa Branca, sugerindo que eles agiram da mesma maneira sem serem julgados. "Nunca ninguém passou por isso. Isso é uma loucura", acrescentou, afirmando que não fez nada de errado.

No mês passado, o magnata republicano, que já foi julgado duas vezes no Congresso, foi indiciado pela primeira vez no caso dos documentos confidenciais. De acordo com o tribunal, ele é responsável por colocar em risco a segurança nacional ao armazenar informações nucleares e de defesa confidenciais, após ter deixado a Casa Branca.

O procurador do Departamento de Justiça dos EUA, Jack Smith
O procurador do Departamento de Justiça dos EUA, Jack Smith REUTERS - JONATHAN ERNST

Dezenas de acusações

Trump também enfrenta dezenas de acusações por crimes graves em um caso que envolve pagamentos secretos a uma atriz pornô em Nova York. Ele também está envolvido em investigações estaduais e federais separadas sobre seus esforços para anular as eleições de 2020.

Nesta quinta-feira, o promotor especial Jack Smith alegou que Trump pediu para um trabalhador de sua residência de veraneio na Flórida que apagasse imagens dos circuitos internos de segurança, para atrapalhar a investigação.

O ex-presidente, que deve ser julgado entre março e maio do ano que vem, nega qualquer irregularidade. Este período na campanha é considerado crucial para as eleições. Trump também foi acusado de reter, de maneira ilegal, informações de defesa nacional sobre um documento que, segundo a acusação, ele teria mostrado a jornalistas em seu clube de golfe de Nova Jersey.

Ron DeSantis , que está atrás de Trump nas pesquisas na disputa pela vaga à candidatura à presidência americana pelo partido Republicano
Ron DeSantis , que está atrás de Trump nas pesquisas na disputa pela vaga à candidatura à presidência americana pelo partido Republicano © AP/Charlie Neibergall

Jantar republicano

Trump e seu rival republicano, Ron DeSantis, se preparam para aparecer no Jantar Lincoln, que o partido organiza todo ano em Iowa. Ele ampliou sua vantagem de 13 pontos, em fevereiro, para 34, e é o favorito do partido para disputar o pleito em 2024.

Nesta semana, a campanha de DeSantis foi forçada a demitir um membro que promoveu um vídeo que apresentava imagens nazistas. Além disso, o candidato causou indignação ao sugerir que escolheria o teórico da conspiração antivacinas Robert F. Kennedy Jr. para liderar sua política de saúde pública.

DeSantis disse, durante uma participação no programa "The Megyn Kelly Show" de SiriusXM, em um trecho previsto para ir ao ar nesta sexta, que era contra o processo movido contra o ex-presidente. "Vou fazer o que é o correto para o país. Não acredito que seja bom para o país que um ex-presidente de quase 80 anos vá para a prisão (...) Acredito que o país quer um novo começo", declarou.

Com informações da AFP

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