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Governo colombiano e Exército de Libertação Nacional assinam cessar-fogo temporário

O governo colombiano e os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) assinaram um acordo de cessar-fogo temporário de seis meses, em Havana, nesta sexta-feira (9). O acordo de trégua “bilateral nacional e temporária", segundo o chanceler cubano, Bruno Rodriguez, foi assinado na presença do presidente colombiano, Gustavo Petro, e do líder do ELN, Antonio Garcia.

O presidente cubano Miguel Diaz Canel (centro) aplaude o aperto de mãos entre o presidente colombiano Gustavo Petro (esquerda) e o comandante Antônio Garcia, do Exército de Libertação Nacional para selar um acordo de cessar-fogo temporário. Em Havana, Cuba, em 9 de junho de 2023.
O presidente cubano Miguel Diaz Canel (centro) aplaude o aperto de mãos entre o presidente colombiano Gustavo Petro (esquerda) e o comandante Antônio Garcia, do Exército de Libertação Nacional para selar um acordo de cessar-fogo temporário. Em Havana, Cuba, em 9 de junho de 2023. AP - Ramon Espinosa
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"Em 3 de agosto de 2023, terá início a plena implementação do processo de preparação do cessar-fogo bilateral nacional e temporário com a aplicação integral dos protocolo", disse o ministro cubano.

Sob o impulso de Gustavo Petro, primeiro presidente de esquerda e ex-guerrilheiro do país, o governo colombiano negocia desde o final de 2022 com o ELN, a última guerrilha ainda em atividade na Colômbia.

As negociações começaram em novembro, em Caracas, e depois continuaram em março na Cidade do México, onde os dois lados se comprometeram a discutir um cessar-fogo. Eles retomaram um terceiro ciclo de negociações em 2 de maio, em Havana.

Processo de paz

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, imediatamente "felicitou" ambas as partes pelos "acordos anunciados hoje em Cuba sobre um cessar-fogo nacional bilateral de seis meses" e "sobre um mecanismo para definir a participação da sociedade colombiana no processo de paz".

Estes são "passos importantes que dão esperança ao povo colombiano e especialmente às comunidades mais afetadas pelo conflito", afirmou.

 

 

O documento assinado prevê a implementação do acordo em três fases, e "inclui, entre outras coisas, a ativação de um canal de comunicação entre as partes por meio do Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Colômbia", disse Bruno Rodriguez durante a cerimônia de assinatura.

O ELN, que contava com 5.850 combatentes em 2022, segundo as autoridades, teve conversas infrutíferas com cinco governos.

Marcada por meio século de conflito armado, a Colômbia tentou inúmeras negociações de paz com grupos armados. Em 2016, um acordo histórico, negociado em Havana, levou ao desarmamento da poderosa guerrilha marxista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e sua transformação em partido político.

(Com informações da AFP)

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