EUA: funcionário mata várias pessoas em hipermercado antes de se suicidar

Um empregado de um hipermercado Walmart no estado da Virgínia, no leste dos Estados Unidos matou várias pessoas na noite de terça-feira (22) a tiros. Ele foi encontrado morto pela polícia com ferimento a bala provavelmente autoinflingido, disse o chefe da polícia de Chesapeake, Mark Soleskyn, nesta quarta-feira (23).

Carro de polícia chega ao hipermercado Walmart, em Chesapeake, Virgínia, após tiroteio (22/11/22). © AP

O tiroteio ocorreu às vésperas do Dia de Ação de Graças e poucos dias após um ataque contra uma boate LGBTQIA+ do Colorado, que deixou cinco mortos e provocou grande comoção no país.

"Quatro pessoas continuam internadas", disse o chefe da polícia, sem dar detalhes sobre o estado de saúde das vítimas.

As primeiras ligações para os serviços de emergência aconteceram às 22h (0h de Brasília), quando o mercado ainda estava aberto. Pouco depois, a prefeitura de Chesapeake afirmou em sua conta oficial no Twitter que a polícia confirmou um "incidente com um atirador em curso, com mortes, no Walmart de Sam's Circle".

O chefe do Departamento de Polícia de Chesapeake, Leo Kosinski, afirmou durante a madrugada que "várias vítimas fatais" foram encontradas no supermercado, que segundo a imprensa local estava lotado de clientes para as compras do almoço de Ação de Graças.

As imagens das emissoras de TV da cidade mostram uma grande presença policial no supermercado. A área foi isolada pela polícia.

O número exato de vítimas fatais ainda não foi determinado, mas a emissora WUSA, afiliada da rede CBS, afirmou que a polícia acredita que menos de 10 pessoas morreram no ataque.

O Walmart, maior rede varejista dos Estados Unidos, afirmou em um comunicado que está "chocado com o trágico acontecimento".

"Estamos rezando pelas vítimas, pela comunidade e por nossos associados. Estamos trabalhando em estreita colaboração com as forças de segurança e estamos focados em apoiar nossos colaboradores", acrescenta a nota da empresa.

A senadora do estado da Virgínia, Louise Lucas, declarou que está "com o coração partido". "O mais recente tiroteio em massa dos Estados Unidos aconteceu em um Walmart em meu distrito em Chesapeake, Virgínia, esta noite", escreveu no Twitter. "Não vou descansar até que encontremos soluções para acabar com esta epidemia de violência com armas em nosso país, que já tirou tantas vidas", reiterou.

Dia de Ação de Graças

Chesapeake fica a 240 km a sudeste da capital dos Estados Unidos, Washington. O massacre aconteceu menos de 48 horas antes da celebração do Dia de Ação de Graça no país.

"Tragicamente, nossa comunidade sofre outro incidente de violência armada sem sentido, justamente no momento em que as famílias se reúnem para o Dia de Ação de Graças", tuitou o congressista Bobby Scott, que representa o estado da Virginia.

No sábado, um homem armado abriu fogo dentro de uma boate LGBTQIA+ em Colorado Springs (oeste). O ataque terminou com cinco mortos e 18 feridos.

O atirador, identificado como Anderson Lee Aldrich, 25 anos, foi rendido por dois clientes. Ele enfrenta acusações de assassinato e um possível crime de ódio.

Este tipo de crime é entendido nos Estados Unidos como um ato direcionado contra uma pessoa com base em sua identidade, o que pode incluir raça, religião, nacionalidade, orientação sexual ou deficiência. Considerado um crime federal com circunstâncias agravantes, pode resultar em penas mais severas.

A violência com armas de fogo prossegue em um ritmo alarmante nos Estados Unidos, país que registrou mais de 600 tiroteios em 2022, segundo a organização Gun Violence Archive.