Acessar o conteúdo principal

EUA: se conseguirem maioria, Republicanos podem bloquear agenda de Biden por 2 anos

A imprensa francesa desta segunda-feira (7) destaca as eleições de meio mandato nos Estados Unidos, às vésperas do pleito, realizado em 8 de novembro. No fim de semana, Barack Obama e Donald Trump realizaram comícios no estado de Pensilvânia, um dos mais disputados e decisivo para o controle do senado. 

O presidente Joe Biden e o governador de Nova Iorque Kathy Hochul acenam durante um evento de campanha no Sarah Lawrence College em Yonkers, N.Y., domingo, 6 de novembro de 2022.
O presidente Joe Biden e o governador de Nova Iorque Kathy Hochul acenam durante um evento de campanha no Sarah Lawrence College em Yonkers, N.Y., domingo, 6 de novembro de 2022. AP - Craig Ruttle
Publicidade

Para Libération, é difícil imaginar propostas mais contraditórias que as apresentadas pelos dois ex-presidentes: enquanto Trump multiplicou ameaças, Obama defendeu a democracia, diante dos riscos que pesam sobre ela em caso de eleição dos Republicanos, sob influência de Trump, que não aceitam a derrota. 

Para o jornal, as eleições de meio mandato também serão a ocasião de medir os efeitos das demissões em massa de moderadores da rede social Twitter, após ter sido comprado por Elon Musk. A plataforma era amplamente usada por Donald Trump durante seu mandato, antes de este ser banido da rede em 2021.

Em estados como o Arizona ou a Geórgia, onde os Republicanos são fortes, dezenas de grupos divulgam no Facebook e no Twitter teorias do complô e de fraude eleitoral. Libé lembra que este é um período de alto risco para a democracia americana, o primeiro depois do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro do ano passado. 

O Parisien lembra que, tradicionalmente, o partido que ocupa a Casa Branca perde as eleições de meio mandato e "esse ano não deve ser diferente". Os Democratas não devem conservar a maioria na Câmara dos Representantes, eleitos a cada dois anos. Também estão em jogo 34 vagas no Senado e 36 governos entre 50 estados. 

Milionário do Vale do Silício financia trumpistas

O presidente Joe Biden insiste que não se trata de um referendo, mas de uma escolha entre duas versões muito diferentes da América. Mas, com a popularidade em baixa, os Democratas temem perder a Câmara e talvez o Senado, o que significaria que a agenda de Biden seria quase totalmente bloqueada pelos próximos dois anos.

Ou, pior ainda, os Republicanos prometeram que acabariam com a investigação sobre o ataque ao Capitólio e poderiam criar uma sobre o fiasco da retirada das tropas americanas do Afeganistão ou sobre denúncias de corrupção contra um dos filhos de Biden. 

Le Figaro traz um perfil do milionário americano Peter Thiel, que financia a campanha dos candidatos de Trump, uma das personalidades mais ricas e controvertidas do Vale do Silício, de acordo com o jornal. Após financiar a campanha do ex-presidente republicano, em 2016, ele investiu ao menos US$ 30 milhões na campanha de 16 candidatos na corrida para o Congresso. 

Cofundador com Elon Musk da plataforma de pagamentos PayPal, em 1998, e primeiro investidor do Facebook, ele defende que não acredita mais na democracia liberal. De acordo com o jornal, Thiel defende ideais de livre mercado, deixando as rédeas da economia nas mãos das tecnologias. 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.