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Eleições de meio de mandato nos EUA: duelos-chave podem acabar com maioria democrata no Congresso

A poucas horas das eleições americanas de meio de mandato, o clima esquenta nos Estados Unidos nesta segunda-feira (7). A votação pode resultar em diversos cenários e irá determinar a maneira como o presidente Joe Biden governará nos dois próximos anos.

Vista da cúpula do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, em Washington DC.
Vista da cúpula do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, em Washington DC. © Henryk Sadura / Tetra Images via Getty
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Com informações do correspondente da RFI em Washington, Guillaume Naudin, e agências

Uma grande parte do Parlamento será renovada após as eleições americanas de meio de mandato, na terça-feira (8). Estão em jogo os 435 assentos da Câmara de Representantes, além de 35 das 100 cadeiras do Senado. 

A votação é muitas vezes vista como um referendo sobre o presidente em exercício. O partido no poder tende a perder assentos no Congresso, principalmente se, como é o caso de Biden, o índice de aprovação do presidente for inferior a 50%.

Por dois anos, os democratas tiveram uma estreita maioria na câmara baixa e um único assento a mais na câmara alta, o da vice-presidente Kamala Harris. As pesquisas preveem uma clara vitória dos republicanos na Câmara dos Representantes, que também podem retomar o controle do Senado.

A votação desta terça permitirá redesenhar a paisagem política para os dois próximos anos nos Estados Unidos, quando ocorrerão as eleições presidenciais. Todas as atenções se voltam aos Estados-chave, onde democratas e republicanos travam uma queda de braço. 

Os duelos mais aguardados são no Arizona, Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, cinco Estados onde Biden conseguiu virar o jogo e se sagrou vencedor em 2020. Outra disputa aguardada diz respeito ao Nevada, onde a briga entre democratas e republicanos é intensa. 

Milhões de dólares são gastos há vários meses onde a competição está apertada para o cargo de senador, como no Wisconsin, Pensilvânia e Geórgia. Neste último, as atenções se concentram também no duelo pelo cargo de governador, entre o republicano Brian Kemp e a democrata Stacey Abrams, que perdeu por pouco há quatro anos. 

Outra aguardada disputa ocorre no Michigan, onde a governadora democrata Gretchen Whitmer tenta permanecer no cargo. No entanto, para isso, precisa bater o republicano Tudor Dixon, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump. 

Futuro da democracia americana

A exemplo de Trump, muitos candidatos republicanos alegam que a eleição presidencial de 2020 foi fraudada. Entre eles, cerca de 300 ameaçam não reconhecer derrota caso democratas sejam vencedores. É o caso do Nevada ou do Arizona, onde os candidatos conservadores afirmam que rejeitarão vitórias que não sejam de seu partido. 

No domingo (6), em um comício na Filadélfia, Biden voltou a falar em defesa da democracia. O evento contou com a presença do ex-presidente Barack Obama, que fez um alerta à população. "Uma economia justa que dá oportunidades aos trabalhadores, é isso que está em jogo. As liberdades estão em jogo. A verdade, os fatos, a lógica, a razão e a decência estão em jogo. A democracia está em jogo, os riscos são grandes!", disse.

Cerca de 40 milhões de americanos já votaram antecipadamente, indicou o canal de TV NBC News no domingo. Os eleitores votarão também para eleger representantes locais, chefes de polícia e se pronunciarão em referendos locais, quatro deles sobre o direito ao aborto. 

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