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Petro e Maduro defendem retorno da Venezuela ao sistema de direitos humanos da OEA

Em sua primeira reunião desde que a Colômbia e a Venezuela restabeleceram suas relações bilaterais, em agosto passado, os presidentes Gustavo Petro e Nicolás Maduro defenderam na terça-feira (1°) a reintegração da Venezuela à Comunidade Andina de Nações (CAN) e ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos. O presidente colombiano expressou sua disposição de "recomeçar" após três anos de ruptura "não natural".

Após anos de ruptura diplomática, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro (esquerda), e da Venezuela, Nicolás Maduro (direita), restabeleceram relações.
Após anos de ruptura diplomática, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro (esquerda), e da Venezuela, Nicolás Maduro (direita), restabeleceram relações. © screenshot
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Victor Amaya, correspondente da RFI em Caracas

A Venezuela aderiu à CAN em 1973 e saiu do bloco em 2006, por decisão do ex-presidente Hugo Chávez, após acordos de livre comércio entre Colômbia e Peru com os Estados Unidos. O falecido dirigente então descreveu a CAN como uma "grande mentira" e optou, em vez disso, pelo Mercosul.

Dezesseis anos depois, seu sucessor aposta no retorno. "Boa notícia para a América do Sul, boas notícias para a CAN!", comemorou Maduro.

Petro também solicitou que a Venezuela "possa aderir ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos", pasta da Organização dos Estados Americanos (OEA), entidade da qual Maduro se retirou em 2019 devido ao não reconhecimento do seu governo pelo secretário-geral, Luís Almagro.

O presidente colombiano também mencionou que é "anti-histórico que Colômbia e Venezuela se separem" e que a fronteira compartilhada pelos dois países está "nas mãos da máfia e de organizações criminosas".

"Vamos viver uma nova fase que deve gerar uma verdadeira integração americana na prática, nos atos. Vamos nos ajudar em uma luta humanitária: a defesa e recuperação da floresta amazônica como pilar fundamental para a existência humana", acrescentou Petro. 

A Venezuela havia rompido relações diplomáticas com a Colômbia desde que o governo de direita de Iván Duque reconheceu o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como presidente interino autoproclamado da Venezuela, em 2019.

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