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Nicarágua: Ortega expulsa embaixadora da Holanda e acusa país de ser "neocolonial"

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, decidiu na sexta-feira (30) expulsar a embaixadora holandesa, depois de acusar o país de ser "intervencionista e neocolonial".  Ele também decidiu "interromper imediatamente" as relações diplomáticas com o país membro da União Europeia.

O presidente da Nicarágua Daniel Ortega e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, em um comício em Manágua em 5 de setembro de 2018.
O presidente da Nicarágua Daniel Ortega e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, em um comício em Manágua em 5 de setembro de 2018. AP - Alfredo Zuniga
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Durante uma visita a Manágua, na quinta-feira, a embaixadora holandesa para a América Central, Christine Pirenne, informou que seu país não financiaria mais a construção de um hospital em uma comunidade caribenha.

A Holanda e a Nicarágua não especificaram os motivos da retirada do financiamento, mas o governo nicaraguense considerou o incidente uma "afronta".

A vice-presidente da Nicarágua e esposa de Ortega, Rosario Murillo, também alertou que seu governo não aceitará a entrada no país de Hugo Rodríguez, embaixador confirmado pelo Senado dos Estados Unidos na Nicarágua.

Manágua acusa o enviado dos EUA de fazer declarações "desrespeitosas" à Nicarágua perante o Senado de seu país. Por esta razão, o governo Ortega decidiu que não aceitaria mais sua nomeação.

Decisão aprofunda isolamento do país

Hugo Rodriguez foi indicado para ocupar a representação diplomática de Washington em Manágua pelo presidente Joe Biden em maio passado.

As decisões do governo Ortega-Murillo aprofundam o isolamento diplomático do país, caracterizado pela expulsão de representantes e missões estrangeiras na Nicarágua.

A mais recente dessas medidas ocorreu na quarta-feira passada, quando o governo exigiu a saída do embaixador da União Europeia na Nicarágua.

De acordo com a imprensa local, a saída deverá ocorrer neste sábado. A medida é uma resposta às declarações de uma delegação europeia pedindo "o fim da repressão" no país.

Em março passado foi a vez do embaixador vaticano, Núncio Waldemar Sommertag, uma decisão inédita da qual o Vaticano declarou sua "incompreensão";

Também em março, o chefe da missão do Comitê da Cruz Vermelha Internacional foi expulso, e as sedes da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) foram fechadas.

(Com informações da AFP)

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