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Simone Biles e dezenas de ginastas norte-americanas exigem US$ 1 bi do FBI em escândalo de abuso sexual

A ginasta campeã Simone Biles e mais de 90 outras ginastas norte-americanas processaram, nesta quarta-feira (8), o FBI em US$ 1 bilhão por "negligência" no escândalo do abuso sexual cometido pelo ex-médico Larry Nassar, quando ele atuava na seleção de ginástica dos Estados Unidos.  

Simone Biles, McKayla Maroney, Aly Raisman e Maggie Nichols testemunharam perante o Senado sobre os abusos que as quatro ginastas sofreram por parte de Larry Nassar, o ex-médico da equipa nacional feminina de ginástica dos Estados Unidos.
Simone Biles, McKayla Maroney, Aly Raisman e Maggie Nichols testemunharam perante o Senado sobre os abusos que as quatro ginastas sofreram por parte de Larry Nassar, o ex-médico da equipa nacional feminina de ginástica dos Estados Unidos. AP - Saul Loeb
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"O FBI sabia que Larry Nassar era um perigo para as jovens quando o ataque contra mim foi relatado pela primeira vez, em setembro de 2015", disse a ginasta Maggie Nichols, citada em uma declaração do escritório de advocacia Manly, Stewart & Finaldi.

Ela acusou os policiais do FBI de "trabalhar" com a Federação de Ginástica dos EUA e o Comitê Olímpico dos EUA "durante 421 dias para esconder esta informação do público, permitindo que Nassar continuasse a agredir meninas e mulheres jovens".

O ex-médico da equipe feminina norte-americana Larry Nassar, 58 anos, está cumprindo uma pena de prisão perpétua após ter sido condenado, em 2017 e 2018, por agressão sexual a mais de 250 ginastas, a maioria delas menores, na federação de ginástica, na Michigan State University e em um clube de ginástica.

As acusações iniciais contra ele foram encaminhadas em julho de 2015 ao escritório do FBI, em Indianápolis. A investigação foi rapidamente abandonada e foi necessário outro relatório, em maio de 2016, para que a polícia federal lançasse novas investigações.

Erros fundamentais do FBI

Os agentes "cometeram inúmeros e fundamentais erros e violaram várias regras do FBI", decidiu a Inspetoria Geral do Departamento de Justiça, mais tarde, em um relatório condenatório. Entretanto, o departamento anunciou, no final de maio, que não processaria os agentes infratores.

"As outras vítimas e eu fomos traídas por todas as instituições que deveriam nos proteger", disse a ex-campeã olímpica McKayla Maroney, também citada na declaração, referindo-se à federação, ao comitê olímpico, ao FBI e ao Departamento de Justiça.

"É claro que nosso único caminho para a Justiça e a cura é através do processo legal", acrescentou ela. Em setembro de 2021, Maroney, Biles e Nichols disseram a uma comissão do Senado que as autoridades esportivas e legais não haviam agido com base nas acusações contra Larry Nassar.

O FBI não comentou, lembrando o testemunho do diretor do FBI, Christopher Wray, perante a comissão do Senado no ano passado. Naquela época, ele pediu desculpas às vítimas do médico, admitindo que "os erros fundamentais cometidos em 2015 e 2016 nunca deveriam ter sido cometidos".

Em dezembro de 2021, as autoridades esportivas norte-americanas concordaram em pagar US$ 380 milhões em indenização às vítimas de Larry Nassar.

(Com informações da AFP)

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