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Costa Rica vai às urnas com recorde de candidatos à presidência

Um número recorde de 25 candidatos disputam neste domingo (6) a presidência da Costa Rica. No país da América Central conhecido por sua estabilidade e qualidade de vida, uma crise econômica, miséria e desemprego dominam a preocupação dos três milhões e meio de eleitores.

Um dos 25 candidatos à presidência da Costa Rica, Welmer Ramos, se reúne com apoiadores após participar de um debate, em San José. Em 1º de fevereiro de 2022.
Um dos 25 candidatos à presidência da Costa Rica, Welmer Ramos, se reúne com apoiadores após participar de um debate, em San José. Em 1º de fevereiro de 2022. Ezequiel Becerra AFP
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"O próximo governo terá que fazer alguma coisa para ajudar as pessoas de baixa renda, diminuir os preços da cesta básica, garantir empregos, segurança nos bairros, a educação deve melhorar", espera Maura Ríos, moradora do bairro popular La Carpio, na capital San José.

Segundo as pesquisas, nenhum dos candidatos à sucessão do presidente Carlos Alvarado deve obter a maioria e um segundo turno é previsto para 3 de abril.

O ex-presidente José María Figueres, do partido de Libertação Nacional, de centro-esquerda, lidera com 17% das intenções de votos, de acordo com sondagens, seguido por Lineth Saborío, do Unidade Social-Cristã, de centro-direita, que obteve 13%.

Os dois candidatos são acompanhados de perto na preferência do eleitorado pelo conservador Fabricio Alvarado, com 10,3%; o economista de direita Rodrigo Chaves, com 8,2%; e o esquerdista José María Villalta, com 7,6%.

Nos últimos dias, Eli Feinzaig, também de direita, apareceu com 5,7%, segundo sondagem do Centro de Pesquisas e Estudos Políticos (CIEP-UCR) e da empresa privada Demoscopia.

Campanha morna

Na tarde de sábado (5), algumas caravanas aqueceram um pouco o clima eleitoral, numa disputa considerada pouco animada.

Cerca de 3,5 milhões de eleitores, de um total de 5 milhões de habitantes, estão aptos a votar. As urnas abriram às 6h00, hora local (12h00 GMT) e encerrará às 18h00 (0h00 GMT de segunda-feira).

A única certeza do processo eleitoral costarriquenho é o segundo turno. Para analistas, o grande número de candidatos é o reflexo de um país que, apesar de sua estabilidade, sofre de uma enorme desconfiança política.

“Ninguém está garantido no segundo turno. Há uma grande porcentagem de eleitores que decidirão no último momento (31,86% de indecisos, segundo o CIEP-UCR). É difícil prever cenários, mas acho que haverá duas propostas antagônicas", analisa a cientista política Gina Sibaja.

O descontentamento político aumentou progressivamente, à medida que o abstencionismo cresceu, desde a votação presidencial de 2010, atingindo 34,3% em 2018. Para a eleição deste domingo, os especialistas esperam uma porcentagem semelhante de eleitores ausentes.

 

(Com informações da RFI)

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