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Canadá: Québec cria imposto a cidadãos não vacinados contra a Covid-19

Abalada pela propagação da variante ômicron, a província canadense do Québec vai criar um imposto sanitário para quem não se vacinou contra a Covid-19. Segundo as autoridades locais, os não imunizados são "um fardo financeiro para toda a população".

Manifestação contra as restrições anticovid em Montreal, na província canadense do Québec, em 1° de maio de 2021.
Manifestação contra as restrições anticovid em Montreal, na província canadense do Québec, em 1° de maio de 2021. AFP - ANDREJ IVANOV
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Chamada de "contribuição à saúde", o governo do Québec quer que a taxa represente "um valor significativo", ainda em discussão. O imposto não será aplicado às pessoas que, por razões médicas, não podem se vacinar. 

Segundo o primeiro-ministro da província, François Legault, os 10% de habitantes do Québec que ainda não se imunizaram não devem "prejudicar" os 90% vacinados. "Não cabe a todos os quebequenses pagar por isso", afirmou, durante uma coletiva de imprensa, na terça-feira (11). 

Legault explicou que esses 10% de adultos não vacinados representam 50% das pessoas em unidades de terapia intensiva, situação que descreveu como "chocante". "Eu compreendo e sinto essa revolta com a minoria não vacinada que ocupa nossos hospitais", acrescentou.

Restrições aos não vacinados 

Em uma tentativa de conter a nova onda, provocada pela variante ômicron, o Québec anunciou em 31 de dezembro o retorno de algumas restrições, incluindo um toque de recolher às 22h e a proibição de reuniões privadas. Há poucos dias, as autoridades locais indicaram que parte do comércio considerado não essencial, como lojas de bebidas alcoólicas e de canábis, seria proibido a pessoas não vacinadas. 

Essa província francófona no sudeste do Canadá, com oito milhões de habitantes, registra falta de profissionais de saúde e hospitais saturados por contaminados pela Covid-19. No total, 2.742 pessoas estão hospitalizadas, das quais 255 em estado grave nas UTIs. 

Caso o imposto aos não vacinados seja aprovado, o Québec se tornará um dos primeiros a adotar esse tipo de medida. O governo federal também fecha o cerco aos resistentes e cogita cancelar o seguro-desemprego das pessoas atualmente sem trabalho que recusam a imunização anticovid. 

(Com informações da AFP

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