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Blinken anuncia pacto contra o desmatamento na Amazônia e se nega a falar de Bolsonaro

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, garantiu nesta quinta-feira (21) que o governo dos Estados Unidos lançará um pacto regional para reduzir o desmatamento em toda a Amazônia, em um esforço para mitigar uma das causas do aquecimento global. A declaração foi feita durante uma visita do secretário de Estado à Colômbia. O representante de Washington chegou a ser questionado sobre a política ambiental do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, mas se recusou a responder. 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, durante visita no Jardim Botânico de Bogotá
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, durante visita no Jardim Botânico de Bogotá LUISA GONZALEZ POOL/AFP
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"Podemos dar grandes passos para lidar com a crise climática", disse Blinken após um passeio pelo jardim botânico de Bogotá. Durante a visita, ele conheceu alguns projetos apoiados pelo governo dos Estados Unidos para promover o turismo, o cultivo do cacau e outras alternativas econômicas à extração de madeira. 

Segundo o representante de Washington, os Estados Unidos vão finalizar "nos próximos dias" uma "nova aliança voltada especificamente para o combate ao desmatamento associado à extração de matéria-prima". A iniciativa proporcionará "informações úteis às empresas para que possam efetivamente reduzir sua dependência do desmatamento", além de incluir apoio financeiro para áreas protegidas habitadas por povos indígenas e pequenos agricultores. 

As florestas tropicais são fundamentais para o meio ambiente porque retêm grande quantidade de carbono, responsável pelo aquecimento global. No entanto, as emissões de gases de efeito estufa associadas a incêndios florestais e projetos agrícolas em grande escala na Amazônia excedem as emissões anuais de países como Itália e Espanha. 

O Brasil é de longe o país com o maior território na Amazônia e o presidente, Jair Bolsonaro, foi acusado de incentivar o agronegócio em áreas florestais e instigar o assassinato de ambientalistas. O chefe de Estado chegou a ser alvo de denúncias no Tribunal Penal Internacional (TPI), com iniciativas lançadas por ONGs criticando a política ambiental do líder brasileiro. 

Durante a visita à Colômbia, Blinken chegou a ser questionado sobre as críticas feitas à Bolsonaro. No entanto, o representante de Washington se recusou a responder. O governo Biden vinha cortejando o Brasil com o objetivo de alcançar algum compromisso ambiental antes da cúpula de Glasgow. 

Colômbia elogiada

A Colômbia, um aliado próximo dos Estados Unidos, estabeleceu metas ambientais ambiciosas: o presidente Iván Duque está empenhado em conter o desmatamento até 2030. No ano passado, o país perdeu mais de 170.000 hectares de floresta. 

Blinken elogiou Duque por sua "liderança excepcional" em questões ambientais, durante sua primeira visita à América do Sul como chefe da diplomacia. 

(Com informações da AFP)

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