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Facebook exclui Neymar e outras celebridades de regras de publicação, denuncia jornal

O Facebook exime celebridades, políticos e outros usuários seletos de algumas de suas regras de publicação, como parte de um programa lançado como um mecanismo de controle de qualidade. A revelação, feita nesta segunda-feira (13) pelo jornal "Wall Street Journal" (WSJ), gerou uma série de reações da rede social.

Programa de controle de qualidade do Facebook exclui celebridades, políticos e outros usuários seletos.
Programa de controle de qualidade do Facebook exclui celebridades, políticos e outros usuários seletos. AP - Richard Drew
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O programa, conhecido como "verificação cruzada", ou "XCheck", protege milhões de usuários de elite das regras que o Facebook afirma aplicar igualmente a todos na rede social, aponta o artigo, que cita documentos internos.

O porta-voz do Facebook, Andy Stone, defendeu o programa em uma série de tuítes, embora tenha assinalado que o gigante das redes sociais está ciente de que a aplicação de suas regras "não é perfeita". "Não existem dois sistemas de justiça; é uma tentativa de proteção contra erros", publicou Stone no Twitter, em resposta ao artigo do WSJ.

O artigo cita exemplos de publicações feitas por personalidades como Neymar, que compartilhou imagens de uma mulher nua que o acusou de estupro, as quais o Facebook acabou removendo posteriormente. Mas o jogador fazia parte da lista de celebridades que recebem tratamento diferenciado da rede social.

Um padrão duplo para a moderação de conteúdo desafiaria as garantias que o Facebook deu a uma junta independente estabelecida como árbitro final nas disputas sobre o que pode ser publicado na rede social mais usada no mundo. "A Junta de Supervisão expressou em múltiplas ocasiões sua preocupação com a falta de transparência nos processos de moderação de conteúdo do Facebook, especialmente aqueles relacionados ao gerenciamento inconsistente de contas de alto perfil", disse o porta-voz da junta, John Taylor.

O artigo do WJS reporta que alguns usuários estão incluídos em uma "lista branca", por meio da qual recebem proteção contra descumprimentos, enquanto, em outros casos, a revisão de conteúdo potencialmente problemático simplesmente não é feita. O XCheck cresceu até incluir pelo menos 5,8 milhões de usuários em 2020, segundo o artigo.

Em uma publicação de três anos atrás sobre a verificação cruzada, o Facebook indica que isso não protege o perfil, a página ou o conteúdo de ser removido, "apenas é feito para garantir que nossa decisão seja a correta".

Com informações da AFP

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