Acessar o conteúdo principal

Americanos prestam homenagem a vítimas dos atentados do 11 de setembro

Os Estados Unidos marcam, neste sábado (11), o vigésimo aniversário do 11 de Setembro, com cerimônias para homenagear os cerca de 3.000 mortos nos ataques do grupo Al-Qaeda, em uma atmosfera tensa por causa da caótica retirada americana do Afeganistão.

Presidente Joe Biden e a primeira-dama Jill Biden na cerimônia em Nova York (11/09/21).
Presidente Joe Biden e a primeira-dama Jill Biden na cerimônia em Nova York (11/09/21). AFP - JIM WATSON
Publicidade

Um minuto de silêncio foi observado às 8h46 (9h46 de Brasília) no memorial de Manhattan (Nova York), onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), exatamente vinte anos após o primeiro avião sequestrado pelos terroristas ter atingido a Torre Norte.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, presidiu a homenagem aos 2.977 mortos (incluindo 2.753 em Nova York) no "Marco Zero" ao lado de antecessores, incluindo Barack Obama e Bill Clinton.

Em duas décadas, o tempo de uma geração, os ataques terroristas mais mortais da hiistória agora estão bem ancorados na história política e na memória coletiva dos Estados Unidos, mas a dor das famílias das vítimas e sobreviventes continua extremamente viva.  

Mais cinco minutos de silêncio e homenagens musicais se seguiram para marcar a trágica manhã daquela terça-feira de 11 de setembro de 2001: o colapso das torres de Nova York, o ataque ao Pentágono perto de Washington e a queda de um dos aviões em Shanksville, Pensilvânia.

Como todo 11 de setembro, durante três horas, os nomes das quase 3.000 vítimas form lidos no memorial de Nova York.

Na Times Square, no centro de Manhattan, coração econômico da maior potência mundial, onde tradicionalmente se comemora as vitórias do país, se transformou em local de contemplação e homenagem.

Depois de Nova York, Biden seguiu para cerimônias no Pentágono e na Pensilvânia.

Vítimas e testemunhas lembram entes queridos

Frank Siller, irmão de um bombeiro do Brooklyn que morreu nas Torres Gêmeas, caminhou 864 km entre Washington e Nova York, passando pelo Pentágono e Shanksville, até o Marco Zero, além de arrecadar fundos para ajudar as famílias das vítimas.

"A América nunca se esqueceu de Pearl Harbor, e nunca se esquecerá do 11 de Setembro", disse Siller à AFP.

De fato, segundo pesquisadores, a tragédia do 11 de Setembro mudou a sociedade e a política americanas e, em uma geração, tornou-se um capítulo da história inscrito na memória do país. Como o ataque a Pearl Harbor, o desembarque na Normandia ou o assassinato do presidente Kennedy.

Em uma mensagem de vídeo transmitida na sexta-feira (10) à noite, o presidente democrata pediu "união, nossa maior força".

Mas depois de oito meses no cargo, ele tem sido amplamente criticado pelo desastre do fim da intervenção militar no Afeganistão, com Washington sendo pego de surpresa pelo avanço meteórico do Talibã.

Em 20 anos, os Estados Unidos perderam 2.500 soldados e gastaram mais de US$ 2 trilhões no Afeganistão.

No final de agosto, abandonaram o país às mãos dos fundamentalistas islâmicos que haviam expulsado de Cabul no final de 2001, acusando-os de abrigar o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, que finalmente foi morto em 2011 no Paquistão.  

Geração 11 de Setembro  

O ataque de 26 de agosto, reivindicado pelo braço afegão do grupo Estado Islâmico, que matou 13 jovens soldados americanos no aeroporto de Cabul - em meio a uma operação de evacuação - revoltou parte da opinião pública.

Esses jovens militares eram, em sua maioria, crianças em 11 de setembro de 2001.

A morte deles é um lembrete de uma dolorosa cicatriz nos Estados Unidos: entre a memória ainda viva para dezenas de milhões de adultos americanos e uma consciência histórica mais parcial para os jovens nascidos desde os anos 1990.

É "importante que saibam o que aconteceu naquele dia, porque há toda uma geração que não entende bem", defende Monica Iken-Murphy, viúva de um operador do mercado financeiro que trabalhava na Torre Sul do WTC.

A rainha Elizabeth II prestou homenagem neste sábado às vítimas do 11 de Setembro, bem como à "resistência e determinação das comunidades que se uniram para reconstruir" após os ataques.

O presidente francês Emmanuel Macron declarou através do twitter: "Jamais esqueceremos. Sempre lutaremos pela liberdade".

(com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.