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Congresso americano certifica vitória de Joe Biden nas eleições americanas

A vitória de Joe Biden nas eleições de 3 de novembro pôde finalmente ser confirmada nesta quinta-feira (7) pelo Congresso dos Estados Unidos, após uma noite de violências e a invasão do Capitólio por apoiadores do presidente em fim de mandato, Donald Trump. 

Sessão para ratificação da vitória de Joe Biden teve de ser interrompida durante várias horas após a invasão do Capitólio na quarta-feira (6).
Sessão para ratificação da vitória de Joe Biden teve de ser interrompida durante várias horas após a invasão do Capitólio na quarta-feira (6). REUTERS - POOL
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Os Estados Unidos amanhecem sob o choque, mas sob o alívio de um capítulo encerrado de incidentes de violência inéditos no país. Depois de uma quarta-feira conturbada, o vice-presidente republicano Mike Pence certificou nesta manhã o voto dos 306 grandes eleitores em favor de Biden contra 232 para Donald Trump.

A certificação deveria ser apenas uma formalidade e é a última etapa antes da posse de Biden e sua vice, Kamala Harris, prevista para ocorrer em 20 de janeiro. No entanto, a sessão no Senado teve ares de uma verdadeira insurreição, que entrarão para a história como o trágico fim de mandato de Donald Trump.

Após o anúncio do Congresso, Trump afirmou, em comunicado, que seu governou chegou ao fim e prometeu uma "transição ordenada". No entanto, o presidente voltou a contestar a vitória de Biden.

"Mesmo se estou em completo desacordo com o resultado das eleições, e os acontecimentos mostram isso, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro". "Isso representa o fim de um dos melhores primeiros mandatos presidenciais e é apenas o começo de nosso combate para tornar a América grande de novo", reiterou.

Desde a madrugada desta quinta-feira, o presidente está impossibilitado de utilizar o Twitter, uma de suas plataformas preferidas de comunicação. Tanto o Twitter como o Facebook bloquearam o perfil de Trump por considerar que suas postagens de quarta-feira, incitando os manifestantes ao caos em Washington, violaram suas regras de utilização.

Ao menos quatro mortos

Ao menos quatro pessoas morreram durante a invasão do Capitólio na quarta-feira (6), entre essas, uma ex-militar que participou do ato pró-Trump em Washington, baleada pelas forças de segurança. 

A intrusão ocorreu depois que o presidente em fim de mandato discursou durante um protesto na capital americana, realizado por seus apoiadores, que não aceitam os resultados das eleições de 3 de novembro. Durante o ato, Trump discursou, denunciou mais uma vez fraude na votação e pediu para que os militantes se dirigissem ao Capitólio para interromper a sessão em que o Senado certificava a vitória de Biden.

Uma multidão de partidários de Trump invadiu o local durante várias horas, entrando em confronto com as forças de segurança e obrigando os congressistas a serem confinados. A prefeita da capital americana, Muriel Elizabeth Bowser, determinou um toque de recolher na cidade das 18h de quarta-feira às 6h desta quinta-feira, pelo horário local. 

Sessão retomada durante a noite

Depois que o incidente foi controlado no Capitólio, durante a noite de quarta-feira, o Senado americano retomou o processo de ratificação da vitória de Biden. Na reabertura da sessão, o vice-presidente Mike Pence lamentou "um dia obscuro" e condenou as violências.

"Mesmo depois da violência e vandalismo sem precedentes neste Capitólio, os representantes eleitos do povo dos Estados Unidos se reúnem novamente neste mesmo dia para defender a Constituição", destacou Pence.

O líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, afirmou na retomada da sessão que a Câmara "não se deixaria intimidar". "Tentarão perturbar nossa democracia e falharam", declarou. 

Já o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que os atos  foram provocados "pelas palavras, as mentiras" de Trump, e deixarão "uma mancha que não será apagada facilmente".

As objeções à vitória Biden nos estados do Arizona e da Pensilvânia foram rejeitadas pelas duas câmaras Congresso na manhã desta quinta-feira, superando o que poderia ser o último obstáculo para a ratificação dos resultados da eleição de 3 de novembro.

Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, tomam posse em 20 de janeiro. 

(Com informações da AFP)

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