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Haiti tenta evitar que abrigos contra tempestade não virem focos de Covid-19

O Haiti se prepara para receber a tempestade tropical Isaías, que pode dificultar ainda mais o combate à Covid-19 no país. Porto Príncipe decretou estado de alerta laranja nesta quarta-feira (29) contra as fortes chuvas e rajadas de vento esperadas para esta quinta-feira (30).

Equipes se preparam para receber desabrigados pela tempestade Isaias, no Haiti. (30/07/2020)
Equipes se preparam para receber desabrigados pela tempestade Isaias, no Haiti. (30/07/2020) Pierre Michel Jean / AFP
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"O que realmente devemos temer é a sucessão de desgraças que sempre podem ocorrer quando um evento como esse atinge o país. Mas este ano, além disso, tudo se complica pela situação criada pelo coronavírus", declarou à AFP Jerry Chandler, diretor do Corpo de Proteção Civil do Haiti.

A temporada de ciclones, comum na região, desta vez coincide com a pandemia de Covid-19. “Temos abrigos, mas a nossa capacidade total diminuiu muito por causa do coronavírus. Um abrigo que normalmente pode receber 100 pessoas agora só poderá acolher 50 ou 60”, detalhou Chandler.

Garantir máscaras nos abrigos

As autoridades haitianas planejam abrir novos centros de acolhimento emergencial no norte do país, que deve ser a área mais afetada pela tempestade. Prevenir infecções nesses espaços representa um grande desafio.

“O mais importante vai ser  evitar que os abrigos se tornem uma fonte de propagação do vírus. Estamos insistindo para ter instrumentos que possam nos ajudar a proteger a população, principalmente máscaras”, disse. Até o momento, o país caribenho teve relativo sucesso em conter o vírus, com 7.400 casos registrados e 158 mortes.

Isaías se situa no grau 9 na escala de força de tempestades tropicais e pode se espalhar do norte para o restante do Haiti, já que sua trajetória não está determinada de maneira definitiva, informa a correspondente da RFI na capital, Amélie Baron.

A possibilidade de enchentes e deslizamentos de terra permanece elevada, depois das fortes chuvas que ocorreram no país, na semana passada. As pessoas que vivem em zonas de risco, como nas margens de rios, foram convocadas a se deslocar, temporariamente, para lugares mais seguros.

Com informações da AFP

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