Nova rota de tráfico, Uruguai apreende 4 toneladas de cocaína em Montevidéu

As autoridades uruguaias apreenderam um carregamento com mais de 4 toneladas de cocaína no porto de Montevidéu nesta sexta-feira (27). A polícia, que ainda não terminou de calcular a quantidade de droga encontrada, já chama esta de “a maior apreensão de drogas na história do país”.

Uruguai tornou-se uma nova rota de narcotráfico para os continentes europeu e africano. Flickr/ Creative Commons

As apreensões de cocaína no Uruguai ou de cargas que partiram do país sul-americano se multiplicaram no último ano, ainda que esta não seja uma área produtora de coca. A nova carga descoberta confirma que o Uruguai tornou-se uma nova rota de narcotráfico para envios com direção aos continentes europeu e africano.

Desta vez, o material foi encontrado em contêineres de farinha de soja que tinham como destino o porto de Lomé, no Togo. A marinha uruguaia percebeu “anomalias” ao escanear a carga de quatro dos contêineres.

Os dois primeiros continham 4,4 toneladas de cocaína, embalados em 4.003 tijolos, de acordo com um comunicado à imprensa nesta sexta. O conteúdo dos outros dois ainda não foi pesado.

Durante uma coletiva de imprensa, o diretor da alfândega uruguaia, Jaime Borgiani, estimou que as 4 toneladas seriam vendidas por cerca de US$ 1 bilhão no mercado europeu.

O Ministério do Interior informou que os contêineres foram carregados no departamento de Soriano, a cerca de 290 km da capital. O proprietário da fazenda responsável pelo carregamento e seu filho foram presos.

Porta de saída

Em novembro, a marinha uruguaia já tinha apreendido três toneladas de cocaína em outro contêiner que seria enviado para a África.

Em agosto, a polícia alemã fez uma apreensão recorde de 4,5 toneladas da droga no porto de Hamburgo. A droga estava dentro de um contêiner uruguaio e tinha como destino a Bélgica.

Em maio, 603 quilos de cocaína foram descobertos no aeroporto de Mulhouse-Bâle, na França, a bordo de um avião privado que vinha do Uruguai.

(Com informações da AFP)