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EUA/desemprego

EUA: Desemprego cai para 3,5%, o menor índice em 50 anos

A criação de empregos nos Estados Unidos permaneceu em alta em setembro e a taxa de desemprego caiu para o nível mais baixo desde dezembro de 1969, uma boa notícia para o presidente Donald Trump, enfraquecido por ameaças de impeachment.

Desemprego cai para 3,5%, o menor índice em 50 anos nos Estados Unidos.
Desemprego cai para 3,5%, o menor índice em 50 anos nos Estados Unidos. REUTERS/Lucas Jackson
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A taxa de desemprego caiu para 3,5%, a mais baixa em meio século, e a economia dos Estados Unidos criou 136.000 empregos apenas no mês passado. O crescimento é inferior ao esperado pelos analistas, mas o mercado se mostrou mais robusto do que o inicialmente estimado em agosto e julho.

Esse conjunto de índices positivos faz com que alguns economistas considerem que a maior economia do mundo está na chamada "Zona Dourada", e que os medos de uma recessão de curto prazo eram infundados.

Impeachment

Trump imediatamente procurou obter vantagens políticas com as boas notícias sobre o tema, perguntando por que demitir um presidente que está indo tão bem. "Uau América, demitir seu presidente (mesmo que ele não tenha feito nada errado!)", provocou Donald Trump em sua conta no Twitter.

"O relatório de emprego de setembro não é consolo para os milhões de norte-americanos que sofrem as consequências crescentes de um programa de interesse privado do presidente, que continua a prejudicar sua saúde e segurança econômica", reagiu Nancy Pelosi, chefe dos democratas no Congresso, que impulsionou nesta sexta-feira a investigação para destituir o bilionário republicano.

A taxa de desemprego se manteve abaixo de 4% o ano todo. E muitos norte-americanos, que simplesmente não constavam mais nas estatísticas, porque estavam desanimados em encontrar um emprego após a crise financeira, retornaram nos últimos meses ao mercado de trabalho. Este relatório de setembro era aguardado com grande expectativa porque é o último antes da reunião de 29 e 30 de outubro do Banco Central (Fed) do país, que deve decidir diminuir ou manter as taxas de juros inalteradas.

Nos últimos meses, o presidente do Fed, Jerome Powell, observou que o mercado de trabalho e o consumo das famílias eram os dois pontos fortes da economia dos Estados Unidos.

Tempos incertos

No momento em que a guerra comercial do governo Trump contra a China começa a afetar a economia norte-americana, a manutenção de um forte mercado de trabalho poderá imunizar parcialmente a atividade contra uma desaceleração da economia.

Em Wall Street, espera-se um novo corte de taxas pela terceira vez este ano, devido à desaceleração econômica. Especialmente porque a incerteza criada pelas tensões comerciais desencoraja os investidores e prejudica a confiança do consumidor, mecanismo tradicional de crescimento.

Em uma semana de negociações retomadas em Washington com os chineses, Donald Trump repetiu o que vem repetindo durante todo o processo: ele quer "um bom negócio" ou “não haverá negócio”. Segundo o chefe da Casa Branca, "a China realmente quer um acordo" porque as tarifas impostas por Washington estariam “matando sua economia”.

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