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Vulcão/Guatemala

Guatemala: Vulcão de Fogo pode voltar a entrar em erupção

Ao menos 25 pessoas morreram após a violenta erupção no domingo (3) do Vulcão de Fogo na Guatemala, que expeliu grandes colunas de fumaça, além de fragmentos de lava, e obrigou as autoridades a ordenar a saída de milhares de moradores de suas casas.

Soldados resgatam crianças depois da erupção do Vulcão de Fogo, na Guatemala, em 3 de junho de 2018.
Soldados resgatam crianças depois da erupção do Vulcão de Fogo, na Guatemala, em 3 de junho de 2018. REUTERS/Fabricio Alonzo
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O vulcão provocou mortes em várias comunidades localizadas na margem sul da montanha, anunciou nesta segunda-feira (4) o porta-voz da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres da Guatemala (Conred), David de León.

A Conred afirmou que foram até o momento registradas 25 mortes e cerca de 20 pessoas ficaram feridas, quase 3.200 retiradas de moradores de suas casas e 1.100 pessoas levadas para abrigos nos departamentos de Escuintla (sul) e Sacatepéquez (oeste), que, ao lado de Chimaltenango (oeste) são os mais afetados pela erupção.

Desespero

"Desta vez nos salvamos", disse Efraín González, de 52 anos, levado para um abrigo de Escuintla, ao lado da esposa e da filha de um ano. O desespero toma conta de González, pois o filho de 10 anos e a filha de quatro do casal são dados como desaparecidos. A casa da família foi atingida pela lava do vulcão, que possui 3.763 metros de altura e que emitiu colunas de cinza de quase 6.000 metros.

Imagens exibidas na televisão e divulgadas nas redes sociais mostram corpos no chão, assim como veículos e casas destruídos pela erupção. O secretário da Conred, Sergio Cabañas, afirmou que as vítimas fatais foram presas pela lava que desceu do vulcão, situado a 35 km da capital.

O porta-voz indicou que o resgate dos corpos e desaparecidos foram suspensos durante a noite por falta de luz e pelo perigo que representava para as equipes, mas foram retomados na manhã desta segunda-feira (4). “Esperamos encontrar sobreviventes nas comunidades, principalmente no setor norte da região próxima ao vulcão, é esse nosso objetivo”, disse à RFI. Para ele, “ainda há riscos de avalanches com material vulcânico se houver chuvas”.

A erupção deu sinais de acabar após 16 horas e meia de atividade, mas ainda existe a probabilidade de uma nova erupção, segundo afirmou o Instituto de Vulcanologia, que recomendou medidas de precaução.

Luto

O presidente da Guatemala, Jimmy Morales, decretou três dias de luto e estado de emergência ou calamidade em Escuintla, Sacatepéquez e Chimaltenango, mas a medida precisa ser ratificada pelo Congresso.

O Grupo de Doadores, integrado por Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Suécia, Suíça, França, União Europeia, além do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Organização dos Estados Americanos e a representação da ONU na Guatemala, expressou solidariedade e apoio para o país superar a tragédia.

A chuva de cinzas provocada pelo vulcão levou à interrupção das operações no aeroporto internacional da cidade de Guatemala, inicialmente por 24 horas, informou a Direção Geral de Aeronáutica Civil.

O Vulcão de Fogo, localizado entre os departamentos de Escuintla, Sacatepéquez e Chimaltenango, registrou sua primeira erupção de 2018 em janeiro. Em setembro de 2012, ele provocou a última emergência por erupção no país, que resultou na retirada de 10 mil habitantes localizados em localidades ao sul do vulcão.

Veja o momento da erupção:

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