“Rússia, China, Índia e Brasil ficaram em cima do muro durante toda a crise líbia. Os três primeiros, por motivos que não tinham nada que ver com posições de princípio legalistas. Nenhum deles queria criar precedentes que poderiam ser utilizados para ajudar os chechenos, os uigures, os tibetanos, ou os movimentos separatistas indianos. O resultado é que todos, em nome da defesa das soberanias e do princípio de não-ingerência, aparecem como cúmplices, ingênuos ou voluntários, de regimes ditatoriais sanguinários. E além dessa falta grave, é um erro em termos de realpolítica: os quatro países não somente perderam espaço diplomático e econômico na nova Líbia, como também perderam parte da credibilidade no jogo de poder internacional. Para quem quer ter influência nos grandes assuntos globais, foi no mínimo um tiro no pé.” Ouça a crônica de política internacional de Alfredo Valladão.
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