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Síria

Após ataque ocidental na Síria, França pede intervenção da ONU

Paris pede que as Nações Unidas se mobilizem para uma saída da crise na Síria. A declaração foi feita neste sábado (14), após os ataques lançados pela França, Estados Unidos e Reino Unido contra o território sírio, numa tentativa de interromper o suposto uso de armas químicas pelo regime de Damasco contra a população.

Os ministros franceses da Defesa, Florence Parly, e das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, respondem às perguntas dos jornalistas após o ataque ocidental na Síria
Os ministros franceses da Defesa, Florence Parly, e das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, respondem às perguntas dos jornalistas após o ataque ocidental na Síria Michel Euler/Pool via Reuters
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Tanto a França como os Estados Unidos consideraram a ofensiva ocidental contra a Síria na noite de sexta-feira (13) um sucesso. "Missão cumprida!", declarou o presidente norte-americano Donald Trump via Twitter, onde elogiou os ataques "perfeitamente executados". Do lado francês, a ministra da Defesa, Florence Parly, disse que "os objetivos militares foram atingidos e a capacidade de conceber, produzir ou estocar armas químicas da Síria foi consideravelmente diminuída”. Já no Reino Unido, onde a primeira-ministra Theresa May vem sendo duramente criticada pela intervenção militar, as reações foram mais discretas.

Agora, segundo Paris, a tendência é a busca de uma saída diplomática da crise. “O Conselho de Segurança da ONU deve retomar, unido, a iniciativa sobre os aspectos políticos, químicos e humanitários na Síria, para garantir a proteção das populações civis e para que o país encontre novamente a paz”, declarou a presidência da França por meio de um comunicado oficial.

Segundo o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, Paris pretende se mobilizar nesse sentido a partir de segunda-feira (16). “Vamos tomar iniciativas junto ao Conselho de Segurança, mas também durante uma reunião dos ministros das Relações Exteriores, em Bruxelas, para traçar uma estratégia junto com os que queiram (nos acompanhar)”, declarou o chanceler em entrevista ao canal de televisão TF1. “Estamos dispostos a trabalhar com todos os países que possam contribuir”, completou Le Drian, no que foi visto como a porta aberta para um eventual diálogo com a Rússia, aliada tradicional de Damasco.

Macron tem viagem prevista para a Rússia

Paris deseja “trabalhar seriamente” com Moscou para chegar a “uma solução política”, confirmou a presidência francesa. O presidente Emmanuel Macron tem uma viagem para a Rússia prevista no final de maio e já se espera que o tema integre a agenda de discussões.

Porém, o tom não é o mesmo do lado de Moscou. O governo russo apresentou neste sábado um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU para condenar o ataque ocidental contra a Síria. No entanto, entre os membros da entidade, apenas China e Bolívia, além da própria Rússia, votaram a favor do texto. Oito países se opuseram e outros quatro se abstiveram.

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