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Economia/França

Como no Brasil, França quer privatizar seus aeroportos

O governo francês decidiu lançar um programa de privatizações de algumas de suas empresas públicas. Os aeroportos de Paris, cuja metade das ações pertencem ao Estado, devem ser os primeiros da lista.

Os aeroportos Roissy-Charles de Gaulle e Orly receberam mais de 100 milhões de passageiros em 2017.
Os aeroportos Roissy-Charles de Gaulle e Orly receberam mais de 100 milhões de passageiros em 2017. Reuters/Gonzalo Fuentes
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Após meses de debates, o governo francês parece estar disposto a seguir a tendência vista em outros países, inclusive o Brasil, e ceder sua participação em algumas empresas emblemáticas, como os aeroportos de Paris, do qual controla 50,6%. A medida faz parte do Plano de ação para o crescimento e a transformação das empresas (“Pacte” na sigla em francês), que será apresentado no próximo sábado pelo primeiro-ministro Edouard Philippe.

Segundo especialistas, a venda das ações dos aeroportos poderia angariar € 8 bilhões. O programa de privatização pretende alimentar um Fundo para a Inovação, no valor de € 10 bilhões.

Loteria francesa também deve ser privatizada

Outras empresas públicas, como a Française des Jeux (a loteria francesa) ou ainda Engie (fornecedor de eletricidade), também estariam na lista das possíveis privatizações. Mas todos os olhos estão voltados principalmente para os aeroportos parisienses Roissy-Charles de Gaulle e Orly, conhecidos pela sigla ADP. Segundo o canal de televisão BFM, o governo estaria disposto a vender todas as suas ações nos aeroportos da capital e a operação começaria ainda no final deste ano.

Nenhuma confirmação oficial foi anunciada e o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, disse apenas que “nenhuma decisão sobre a ADP foi tomada até agora”. Porém, a informação já foi suficiente para aquecer o mercado financeiro, provocando uma alta de 6% nos papeis da ADP na Bolsa de Paris.  

Privatização dos aeroportos já começou

Em 2013, o Estado francês já havia cedido 13% de suas ações nos aeroportos de Paris para os grupos Vinci e Predica. Os papeis vendidos na época valem hoje o dobro do preço.

Essa inflação se deve ao peso da ADP no setor do transporte aéreo. Com mais de 100 milhões de passageiros em 2017, os dois aeroportos da capital francesa já representam o segundo operador europeu. Além disso, como as atividades aeroportuárias devem dobrar até 2030, o potencial de crescimento interessa os investidores.

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