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Grécia/Presidência rotativa

Grécia assume presidência da UE prometendo sair dos planos de resgate

Na véspera de assumir a presidência rotativa da União Europeia, o Primeiro Ministro grego Antonis Samaras fez uma promessa na televisão: "Em 2014, daremos o grande passo de saída" dos planos de resgate da Troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e União Europeia). Em sua mensagem de Boas Festas, Samaras disse ainda que o país não pedirá um novo empréstimo: "A dívida grega será oficialmente declarada viável e não haverá mais necessidade de novos acordos de ajuda".

O primeiro-ministro grego Antonis Samaras promete sair dos planos de resgate
O primeiro-ministro grego Antonis Samaras promete sair dos planos de resgate REUTERS/Thomas Peter
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No domingo, o ministro das finanças Yannis Sturnaras fez discurso parecido no último domingo, dizendo que a Grécia não precisará de um terceiro plano de resgate quando terminar o atual acordo, em vigência até o próximo mês de julho.

Com os dois planos sucessivos de ajuda que recebeu desde que estourou a crise, em 2010, a Grécia se beneficiou de linhas de crédito de mais de 240 bilhões de euros, em troca de medidas drásticas de austeridade, que recaíram pesadamente sobre a população.

Então, se tudo correr como esperam os dirigentes gregos, 2014 será o ano em que a Grécia retornará aos mercados e, como disse Samaras, se tornará "um país como os outros". No entanto, para que isso aconteça, é preciso que a troika e os demais credores aprovem as contas do país nos próximos meses. Em entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal Bild, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäulbe, afirmou que a decisão sobre uma nova ajuda à Grécia será tomada "na metade do ano" da 2014.

A perspectiva é de fato a mais animadora dos últimos tempos. Depois de seis anos de recessão, o país registrou superávit primário (fora o pagamento do serviço da dívida pública) de 812 milhões de euros e espera uma tímida margem de crescimento para o ano que vem.

Além deste desafio, Atenas estará na presidência do bloco durante as eleições europeias, que serão marcadas por um perigoso crescimento da extrema-direita em toda a Europa. Internamente, o país enfrenta uma série de crises políticas e sociais em torno do partido extremista Aurora Dourada.

 

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