Europa sob tensão às vésperas de Cúpula da UE

Reuniões preparatórias se sucedem para tentar definir um plano de saída para a crise na zona do euro ao final da Cúpula da União Europeia, em Bruxelas, que se encerra nesta sexta-feira. O encontro é tido como decisivo para o futuro de uma moeda única na região. Paris e Berlim propõem harmonizar os impostos sobre empresas e transações financeiras.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, propõem harmonizar os impostos sobre empresas e transações financeiras. Reuters/Philippe Wojazer

Em uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, os governos dos dois países explicam os detalhes do projeto de disciplina orçamentária para equilibrar as contas da Europa. No entanto, para ser implementada a proposta franco-alemã precisa do apoio dos 27 países membros do bloco.

No documento, a chanceler alemã, Angela Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pregam a consolidação de fundamentos de uma "união econômica europeia ". Eles querem que as novas regras apareçam nos tratados.

Dentre as medidas defendidas está a aplicação de sanções quase automáticas, caso os governos ultrapassem o limite de déficit autorizado, o equivale a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Eles pretendem ainda antecipar para 2012 a implantação do Mecanismo Europeu permanente para a Estabilidade (MES) que vai substituir o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FESF).

Na quarta-feira, a agência de cotação de risco Standard and Poor’s colocou em alerta as principais instituições bancárias europeias. O grupo já havia ameaçado, no início da semana, as notas triplos « As » que possuem seis das economias da zona euro, dentre elas a França.

Sarkozy e Merkel se encontram com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, nesta quinta-feira antes do jantar informal com representantes do bloco que precede a cúpula