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França/economia

Premiê francês defende coesão europeia contra perda do triplo A

O primeiro-ministro francês François Fillon disse nesta terça-feira que a melhor resposta para a crise e o risco de degradação da nota da dívida soberana de 15 países europeus é a redação de um novo tratado europeu. O premiê também disse que o país não terá um terceiro plano de austeridade, mas não excluiu que novas medidas de ajuste econômico sejam impostas aos franceses se necessário. 

O primeiro-ministro François Fillon defende um novo tratado europeu.
O primeiro-ministro François Fillon defende um novo tratado europeu. Foto: Reuters
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Durante um pronunciamento na Assembleia Nacional, François Fillon disse que a França fará tudo para respeitar seus compromissos orçamentários. Ele também estimou que a ameaça de rebaixamento era um ‘aviso coletivo’, que atinge todos os países da zona do euro. ‘’A Europa deve se organizar para diminuir sua dívida, isso é um fato’’, declarou. ‘Precisamos de uma coordenação política rigorosa, estruturada, eficaz, capaz a médio e longo prazo de honrar seus compromissos.’’

A França está na mira da agência Standard’s and Poor’s, que chama a atenção para dois problemas. O primeiro é que a agência americana avalia a previsão de crescimento do país em 0,5% em 2012, metade da previsão oficial divulgada pelo governo francês. Além disso, a agência aponta a dificuldade dos bancos franceses na obtenção de financiamentos externos. O primeiro-ministro francês lembra que o país tem uma reserva de 6 bilhões de euros para absorver uma desaceleração do crescimento no próximo ano. “Nosso governo demonstrou sua reatividade e capacidade a se adaptar a todas as circunstâncias”, ressaltou.

O novo tratado, proposto por França e Inglaterra, deverá ser discutido durante a reunião de Cúpula dos países da zona do euro nesta quinta-feira. O presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler Angela Merkel acreditam que o acordo deve ser concluído entre os 27 membros da União Europeia, ou entre os 17 países da zona do euro. A ideia é que os orçamentos dos estados sejam submetidos à análise em nível europeu, que poderão ser sancionados se não limitarem o déficit público a 3% do PIB.

Paralelamente, nesta terça-feira, o secretário do Tesouro Americano, Timothy Geithner, reúbe-se com o presidente da BCE, o Banco Central Europeu, Mario Draghi, em Frankfurt. Geithner deverá acompanhar a Cúpula dos chefes de estado da União Europeia, prevista para quinta e sexta-feira, e também se encontrar com o ministro alemã das Finanças, Wolfgang Schäuble. O secretário do Tesouro Americano diz estar otimista com a coordenação política na Europa.

Standard & Poor’s coloca Fundo Europeu sob vigilância

Depois de ameaçar rebaixar a nota da dívida soberana dos 15 países da zona do euro, a agência de notação Standard & Poor’s também colocou sob vigilância o Fundo Europeu de Estabilização Financeira, que corre o risco de perder seu triplo A de um ou dois graus. O Fundo foi criado em 2010 para ajudar países em dificuldade. Graças a essa classificação, o dispositivo obtém empréstimos a taxas interessantes no mercado. A decisão da agência deve ser anunciada nos próximos três meses, segundo um comunicado.
 

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