Obra de Niemeyer no norte da França reabre com atraso
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Iniciadas em 2011, as reformas do conjunto “Volcan” (vulcão), projetado por Oscar Niemayer, no Havre, norte da França, deveriam terminar em 2013, mas a reabertura só aconteceu nesta quarta-feira (7), com um concerto regido por Jean-Claude Casadesus, diretor da Orquestra Nacional de Lille.
Apesar de estar localizado em local nobre na cidade do Havre, no norte da França, o complexo, formado por dois prédios circulares, projetado por Oscar Niemeyer, nunca foi realmente adotado pelos habitantes. Apelidada de "pote de iogurte", o conjunto, construído entre 1978 e 1982, é formado por duas estruturas de formas arredondadas, ligadas por passarelas nada retilineas.
Para Jean-François Driant, diretor do Teatro Nacional do Havre, sediado no Volcan, “o projeto de Niemeyer foi adotado quando a cidade ainda se restabelecia do choque da guerra”. Mas ele acredita que as gerações se sucedem e podem mudar esse comportamento.
Cemitério musical
Considerado imponente demais e distante, a cidade empreendeu grandes reformas para modernizar e tornar o prédio mais acessivel - inclusive para cadeirantes. A péssima acústica também foi radicalmente modernizada. Em 1982, o maestro Casadesus, designado para a primeira inaguração, parou um ensaio, exasperado e declarou: “isto é um cemitério musical”. Três décadas depois, ele aprova as mudanças. “Às vezes o tom é seco, mas cabe aos músicos transmitir calor quando tocam”.
A obra de Niemeyer no norte da França se insere no contexto historico da cidade do Havre, de grande renovação após ter grande parte bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial. O centro reconstruído do Havre, aliás, acabou sendo inscrito como patrimônio mundial da Unesco em 2005.
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