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China e Brasil tentam reforçar elos econômicos sem esquecer desenvolvimento sustentável

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Representantes de governos, empresários, pesquisadores e membros de think tanks se reuniram Pequim para discutir a questão do desenvolvimento sustentável na relação entre Brasil e China. Os participantes se mostraram convencidos de que esse aspecto é indispensável para melhorar os elos sino-brasileiros.

A economista Karin Costa Vazquez leciona na Universidade de Fudan, em Xangai, e é pesquisadora no think tank Center for China and Globalization (CCG).
A economista Karin Costa Vazquez leciona na Universidade de Fudan, em Xangai, e é pesquisadora no think tank Center for China and Globalization (CCG). © Silvano Mendes/RFI
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Silvano Mendes, enviado especial da RFI a Pequim

Como melhorar as relações entre China e Brasil levando em consideração a sustentabilidade e as mudanças climáticas? Como avançar em acordos comerciais entre dois países que enfrentam desafios ambientais de peso pensando na transição para uma economia de baixo carbono? Esses foram alguns dos temas discutidos durante a conferência Diálogo China-Brasil sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada na segunda-feira (27) em Pequim.

 “Lembramos que o conceito de desenvolvimento sustentável não se limita à agenda de clima e meio ambiente”, ressaltou a economista brasileira Karin Costa Vasquez. “Também trata de questões econômicas, como a produtividade e emprego decente, inovação e tecnologia, e temas sociais também, como redução da pobreza, da fome e desigualdade”, disse Vasquez, que leciona na Universidade de Fudan, em Xangai, e é pesquisadora do Center for China and Globalization (CCG), um think tank coorganizador do evento junto com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), em parceria com a Associação do Povo Chinês de Amizade com o Exterior (CPAFFC).

A relação entre o Brasil e a China tem vivido um crescimento no setor comercial e no setor de investimentos. Isso tem crescido, inclusive quando a gente olha numa perspectiva de mais longo prazo, desde os anos 2000”, avalia a pesquisadora. “Agora, com um novo momento, tanto para o Brasil, com o novo governo, quanto para a China, essa visita, acontecendo já no terceiro mandato de XI Jinping, sinaliza de forma muito clara o potencial de adensar, de qualificar as relações entre o Brasil e China. E nada melhor do que adensar e qualificar essas relações tratando de um tema tão caro para esses dois países e para o mundo, que é o desenvolvimento sustentável”, aponta.

Segundo a economista, existe um interesse mútuo em integrar a questão da sustentabilidade nas relações comerciais entre Brasil e China. “A reindustrialização e modelos mais sustentáveis e inclusivos, o uso de energias mais eficientes e renováveis são diretrizes muito claras e prioridades dadas hoje para o governo [brasileiro]. E são tecnologias e áreas em que a China tem muito a oferecer também. Então é uma relação ‘ganha-ganha’ e que pode, de fato, gerar uma transformação para além dos ganhos comerciais”, resume, otimista, a pesquisadora.  

Ouça a entrevista completa clicando na foto acima.

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