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Diferença de Bolsonaro com Hitler e Mussolini é que ele não consegue articular seu discurso de ódio, diz professor da UERJ

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O cientista político Carlos Milani, professor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), analisa os protestos recentes realizados no Brasil, que trazem à tona as incertezas sobre transição política no país. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro não tem força suficiente para articular um golpe. Mas seus opositores também não conseguem avançar em um processo de impeachment.

"A expressão do rosto de Bolsonaro, se colocarmos em paralelo a expressão do rosto de Mussolini, e de Hitler, a diferença é muito pequena", afirma o cientista político Carlos Milani
"A expressão do rosto de Bolsonaro, se colocarmos em paralelo a expressão do rosto de Mussolini, e de Hitler, a diferença é muito pequena", afirma o cientista político Carlos Milani © Miguel SCHINCARIOL AFP/Arquivos
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“O [protesto] de 7 de setembro deixou claro que o Bolsonaro não tem força para dar um golpe”, afirma o professor. Ao mesmo tempo, “à medida que as eleições se aproximam, o que vai ficar claro é que os agentes políticos vão estar agindo muito mais em função das eleições que se aproximam do que apenas de um 'Fora Bolsonaro'", avalia o cientista político.

Para o professor, sempre pode haver uma surpresa, mas a tendência é que o impeachment não aconteça e o atual presidente perca as eleições. “Bolsonaro não consegue articular um discurso coerente, ou construir frases. A tática da confusão é permanente”, resume.

"A fala dele na Paulista é uma fala de puro ódio. A expressão do rosto de Bolsonaro, se colocarmos em paralelo a expressão do rosto de Mussolini, e de Hitler, a diferença é muito pequena. É um discurso de muito ódio, com a diferença, talvez, de que ele não consiga, diferentemente das lideranças fascista e nazista, articular coerentemente um discurso", completa.

Para Milani, o avanço da campanha presidencial e o anúncio das coalizões vão determinar o tom dos próximos protestos contra o presidente. O professor também explica que atualmente há um jogo de poder entre centro-direita e o centro-esquerda, em função das eleições. “É difícil unir todos esses movimentos e todos esses partidos, se olharmos para a trajetória histórica recente da política brasileira”, avalia.

Ouça a entrevista completa clicando na foto acima.

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